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Postado por
Nathalia Bottino
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Sabemos que o foco do site é cinema e séries de TV, mas outra parte do audiovisual, tão importante quanto, são os clipes musicais. É de conhecimento geral o quão difícil é lançar uma carreira musical hoje em dia, principalmente no Brasil, visto que é uma área em crescimento, que ainda tem muito o que melhorar em questão de recursos e valorização dos profissionais.
Para cantores iniciantes, essas dificuldades são maiores ainda. Taty Costa (30) é uma dançarina e coreógrafa que tem o sonho de ser uma cantora profissional. Ela acabou de lançar o seu segundo clipe, “Aceita, Querida”, e contou um pouco sobre o processo de entrar na indústria da música.
Segundo a coreógrafa, ela decidiu seguir esse caminho porque seus amigos próximos perceberam o seu talento e a incentivaram, dizendo que ela nasceu para ser cantora. Carismática e comunicativa, Taty pensou: “O não eu já tenho, então vou tentar”. Como já dançava há anos, ela precisou focar mais em fazer aulas de canto para complementar as suas performances, o que fez por um ano e continua fazendo.
No processo para gravar e lançar a sua primeira música, "Bipralá, Bipracá", Taty percebeu a grande diferença entre a dança e o canto, mesmo sendo áreas próximas. Além disso, ela declarou o quão difícil é fazer uma produção independente, sem empresários e sem o investimento necessário, o que é comum para a maioria dos cantores que estão começando a se lançar no mercado.
A dançarina teve que chamar pessoas próximas para produzir seus clipes, analisar a realidade de orçamento que não fugisse do que poderia fazer, e procurar parceiros que se interessassem pelo projeto. No entanto, a cantora afirmou que não teve dificuldade em escrever as músicas. Ela sentou com sua produtora, Natália Goulart Sarmento, para criar uma canção nova, pensando em utilizar bordões e gírias GLS (expressão usada para definir espaços, produtos e locais destinados ao público homossexual, como uma "boate GLS"). Em menos de uma hora, “Aceita, Querida” estava pronta.
Taty afirma que o mais difícil é a falta de valorização do artista, em geral, e que há um investimento maior em outras áreas artísticas, onde a música é deixada um pouco de lado, especialmente se for funk:
“Mesmo o Brasil sendo um país tão eclético, a visão quanto a arte é limitada. O problema principal é a falta de apoio à cultura.”
Mesmo com todos os obstáculos, Taty está com outros projetos em mente. Ainda esse ano, ela vai gravar mais dois clipes: “Ele é Brabo”, e uma música em homenagem às drags cariocas.
“Pretendo colher os frutos de todo esse investimento, de todo o empenho e cuidado que tenho tido com tudo nesse início de carreira.”
Confira abaixo o clipe oficial de “Aceita, Querida”:
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