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Postado por
Cibele Pixinine
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A obra de Agatha Christie é atemporal. A autora de origem britânica já vendeu 4 bilhões de exemplares de seus mais de 80 livros, entre romances, contos e peças. Só para ter uma noção do que isso significa, Cristhie só fica atrás de Shakespeare e da Bíblia em número de vendas. E finalmente podemos dizer que todo esse sucesso literário está sendo bem representado na TV, já que a minissérie E Não Sobrou Nenhum (And Then There Were None), da BBC, é uma das melhores adaptações já feitas do universo da rainha do crime.
Lançada em 2015, com três episódios de cerca de uma hora cada, a super produção britânica acerta ao manter elementos importantes da obra original, ao mesmo tempo em que inova em detalhes e adaptações para a linguagem do audiovisual.
Na trama, acompanhamos a ida de dez pessoas a Ilha do Soldado a convite do misterioso casal Owen. Logo na primeira noite, eles descobrem que estão sendo acusados de crimes que não cometeram (será que não?) e que a sobrevivência de todos depende de uma velha cantiga infantil. O enredo é simples, porém a forma como a autora explora a personalidade de cada um e brinca com a curiosidade do leitor é fantástica. Tudo isso conseguiu ser transportado para a adaptação.
Na trama, acompanhamos a ida de dez pessoas a Ilha do Soldado a convite do misterioso casal Owen. Logo na primeira noite, eles descobrem que estão sendo acusados de crimes que não cometeram (será que não?) e que a sobrevivência de todos depende de uma velha cantiga infantil. O enredo é simples, porém a forma como a autora explora a personalidade de cada um e brinca com a curiosidade do leitor é fantástica. Tudo isso conseguiu ser transportado para a adaptação.
Foto: BBC |
O clima de suspense fica por conta da fotografia, que evolui ao longo da história. Dependendo do momento, tons mais escuros tomam conta da tela e planos abertos transmitem a sensação de isolamento sentida pelos personagens. Da mesma forma, closes ups também são usados para destacar emoções, já os flashbacks ganham enorme importância para a trama.
O cenário, que a princípio pode parecer limitante por se resumir a uma ilha e um casarão, ganha inúmeros desdobramentos de acordo com o ângulo ou a perspectiva explorada. Além disso, ele é de tirar o fôlego, não só pela sua beleza como também pela fidelidade com o obra original.
O cenário, que a princípio pode parecer limitante por se resumir a uma ilha e um casarão, ganha inúmeros desdobramentos de acordo com o ângulo ou a perspectiva explorada. Além disso, ele é de tirar o fôlego, não só pela sua beleza como também pela fidelidade com o obra original.
Todos os atores se encaixam perfeitamente na aura de seus personagens e entregam ótimas atuações. Aliás, o próprio roteiro da minissérie ajuda nesse quesito, já que ele apresenta fielmente e constrói as personalidades e motivações de todos ali. Vera Claythorne (Maeve Dermody) recebe mais destaque, justamente por ser uma das personagens mais complexas da obra de Christie, mesmo assim Charles Dance (Game of Thrones) está impecável e rouba a cena em vários momentos.
Capaz de tirar o fôlego e ao mesmo tempo ser um deleite para os olhos, E Não Sobrou Nenhum é, sem dúvida, a melhor adaptação de uma das mais famosas obras de Agatha Christie. É incrível ver como a minissérie funciona de forma independente, ao mesmo tempo que também se mostra um ótimo complemento ao livro, agradando a todos os públicos.
Foto: BBC |
E se você chegou até aqui sem ter visto a minissérie, saiba que ela está disponível completa no Globo Play.
Excelente |
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