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Postado por
Daniel Oliveira
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Estreou
em 2010, no canal BBC da Inglaterra, a série Sherlock. Baseada nos livros de Sir Arthur Conan Doyle, do
personagem homônimo. A ideia do seriado é transportar as histórias e mistérios
de Sherlock Holmes para a Londres contemporânea, atualizando de forma
inevitável (e competente, diga-se de passagem) os maneirismos e marcas
registradas do personagem. De cara, o que diferencia o drama da maioria dos
programas televisivos atuais é a duração de sua temporada, composta por apenas
03 episódios, de 01 hora e 30 minutos cada. Tal característica possibilita ao
seriado uma dinâmica impecável, com tempo suficiente para trabalhar cada traço
do roteiro e articular um arco narrativo tão empolgante quanto seu encerramento.
Afinal, cada episódio tem praticamente a duração de um filme. Pra quem gosta
de séries de suspense e mistério, com uma boa dose de humor e personagens
cativantes, Sherlock é meu vício do
momento. Dê uma chance para a série, são apenas três episódios que passam
voando.
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Sherlock Holmes e John Watson |
Daqui
em diante comentarei a respeito dos capítulos em si, os atores e referências que a
série trás ao espectador, possivelmente revelando algum ponto importante da trama. Por isso, Spoiler Alert!.
S01E01
- A Study in Pink
Como todo episódio piloto, o S01E01 tem o dever de nos apresentar aos personagens e a estrutura que a série pretende apresentar, e nisso, A Study in Pink (Um Estudo em Rosa) é extremamente bem sucedido. Primeiro somos apresentados ao saudoso Dr. John Watson, interpretado por Martin Freeman (O Hobbit), que mostra-se um veterano de guerra, com problemas para superar traumas passados. Não demora para que o encontro com aquele que será sua grande dupla aconteça, isso porque Sherlock Holmes, interpretado por Benedict Cumberbatch (do vindouro Star Trek - Além da Escuridão) está a procura de um roommate para dividir um apartamento, localizado no 221B, em Baker Street (:D). As referências, obviamente, não param por aí.
A trama fala de um serial killer que, ao contrário do costume, não mata suas vítimas. Ele às convence a se suicidarem. Um caso tão atípico leva a polícia de Londres a recorrer a Sherlock, que se auto denomina "consultor de detetive". Daí em diante o ritmo da investigação é frenético, servindo de base para a construção de ambos os personagens. Holmes, como de costume, é um gênio. Sua arrogância é tão brilhante quanto seu intelecto, ainda que o mesmo se esforce para ser agradável àqueles que o agradam. Watson, por outro lado, é o contraponto perfeito. Carismático e simpático, sempre se surpreendendo com a genialidade de Sherlock (assim como nós). Obviamente o caso é solucionado. Como? Não irei contar, pois perderia a graça. Mas o gancho para o decorrer da temporada não poderia ser melhor.
S01E02
- The Blind Banker
O segundo episódio é o que menos me agrada dentro dessa primeira temporada, porém não é menos competente. Em The Blinder Banker (O Banqueiro Cego) Holmes é desafiado a desvendar outra série de assassinatos, iniciada pela morte de um banqueiro, onde símbolos misteriosos são pintados em amarelo nas cenas dos crimes. Ao mesmo tempo em que o Dr. Watson busca um emprego regular e uma namorada. O mistério em si pouco me agradou, talvez por esse motivo o episódio não tenha sido tão bom quanto o primeiro. No entanto, Cumberbatch e Freeman se mostram cada vez mais entrosados em cena, e é gratificante assisti-los, dominando a tela da tevê com grande talento. Outra coisa marcante na série é a música tema, misturando acordes que remetem ao clássico Sherlock Holmes de forma empolgante, e em momentos chave da narrativa (a trilha é tão boa quanto a recente adaptação de Holmes para as telonas, com Robert Downey Jr.). E como não poderia deixar de ser, o final do capítulo prepara o terreno para um sensacional final de temporada. Parece que o tradicional arqui-inimigo de Sherlock vai finalmente dar as caras.
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James Moriarty |
S01E03
- The Great Game
Eis que James Moriarty (Andrew Scott) da as caras. Ok, na verdade só conhecemos seu rosto no fim do episódio, mas sua presença é sentida ao longo de toda a trama de The Great Game (O Grande Jogo). A brincadeira acabou e parece que Sherlock finalmente encontrou um inimigo a altura, quando um terrorista resolve desafiá-lo para um jogo, onde escolhe vitimas aleatoriamente, vestindo-as com explosivos que irão detonar, caso Holmes não desvende seus enigmas em tempos curtíssimos. O S01E03 tem um ritmo frenético, pulando de um enigma a outro com maestria. Um dos grandes trunfos da série é encarar a modernidade como parte da história, ou seja, o que realmente importa para a trama é a gênese de seus personagens, fazendo com que eles funcionem perfeitamente em tempos atuais. A linguagem visual utilizada também é muito interessante, quando vemos os pensamentos, torpedos sms e indicações saltando em tela de forma escrita, possibilitando que o espectador tente acompanhar a mente brilhante de Sherlock trabalhando. Uma sacada, ao meu ver, genial. O episódio termina com um cliffhanger de fazer explodir a cabeça, daqueles que te fazem ter vontade de assistir ao próximo episódio na sequência, sem pausas. A 2ª temporada foi transmitida em 2012. Já assisti o 1º episódio e posso dizer que é excelente! Agora faltam mais dois, depois volto a falar sobre Sherlock.
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Comentários
#sherlock
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