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Postado por
Daniel Oliveira
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Acho que todos já ouviram falar de Mad Men, certo? Se você se encontra fora do planeta Terra, vamos a uma breve apresentação. Trata-se de uma série do canal americano AMC (o mesmo de Breaking Bad e The Walking Dead) que retrata a vida de alguns publicitários que trabalham na fictícia agencia Sterling Cooper, na Nova York da década de 60. O personagem principal é Don Draper (John Hamm), o diretor de criação da agência. O termo "Mad Men" (homens loucos) foi criado no final dos anos 50 para descrever os executivos de propaganda da Avenida Madison. Detalhe, eles próprios o criaram.
A série é excelente e deve ser apreciada por todos que gostam de um bom drama televisivo. Em 2013 teremos a estréia da sexta temporada, e se você ainda não assistiu as anteriores, darei 5 motivos para que você comece a assistir Mad Men. São eles:
Don Draper |
ROTEIRO
O roteiro é possivelmente o maior trunfo de Mad Men, por criar situações e dramas absolutamente intrigantes. Nenhum personagem da série, nem mesmo as crianças, são unilaterais. Todos têm sua dualidade, suas camadas de caráter ou falta dele. O mais fascinante, obviamente, é o protagonista Don Draper. Fica difícil entendermos o porque de o admirar, tamanhas as nuances e defeitos do personagem. Mas ainda assim o fazemos. Mérito do roteiro, que mantém seu nível de excelência temporada a temporada (no momento em que escrevo este texto estou assistindo ao 3º ano). A série recebeu críticas por parte do público, que alegava se tratar de uma trama muito lenta, em que nada acontece, em seu 1º ano. Concordo em parte. Seu início foi, de fato, mais lento, porém necessário para a introdução daqueles personagens. O segundo ano é o que nos faz ficar "viciados".
DIREÇÃO DE ARTE / FIGURINO
A direção de arte da série é impecável. Poderíamos facilmente acreditar que os acontecimentos se passam na década de 60, seja pela disposição dos cenários, os materiais utilizados, os equipamentos, estilo de decoração, tudo é muito crível e nostálgico. Essa sensação também deve-se ao fato dos personagens fumarem como chaminés e beberem como verdadeiros alcoólatras, como costumava acontecer antigamente, quando a população ainda não tinha conhecimento dos males que a nicotina causa. Também é impecável o figurino e os penteados de todos os personagens, trazendo todo o glamour e elegância típico dos anos retratados. Mulheres absolutamente elegantes e repletas de adornos, enquanto os homens mantem-se engravatados da cabeça aos pés, sem esquecer o chapéu ao sair na rua.
Apesar da agência Sterling Cooper ser fictícia, a série procura contextualizar ano a ano da trama com os fatos históricos que ocorreram na época, bem como propagandas que se destacaram naqueles tempos. Por vezes as referências são sutis, outras podem permear a trama de todo um episódio. Fatos como o acidente aéreo da American Airlines, a morte de Marilyn Monroe e a ameaça de bombardeio soviético ao território americano foram abordados com grande importância na série, trazendo uma veracidade propícia para o seriado. Isso sem contar a própria Guerra do Vietnã.
ELENCO
Deve-se bater palmas ao elenco que a série reuniu. Se a princípio poucos nomes eram conhecidos do grande público, com Mad Men todos alçaram-se a fama. Alguns deles inclusive já estão se arriscando no cinema. Don Draper (John Hamm) é o destaque obviamente, mas seus companheiros não ficam atrás. Betty Draper (January Jones) é a dissimulada esposa de Don, Peggy Olsen (Elizabeth Moss) é a figura feminina que cresce pouco a pouco na agência, Pete Campbell (Vincent Kartheiser) é um gerente júnior que não se importa em utilizar de táticas não-éticas para alcançar seus objetivos profissionais, entre tantos outros personagens e atores fascinantes que se engalfinham em suas brigas e intrigas motivadas pelo ego, emoção, amores, traições e segredos, muitos segredos.
DIREÇÃO
Finalizando com um motivo não menos importante, a direção. O cuidado empregado por cada diretor que passa pela série é excelente, não só por manter a identidade visual e técnica necessária, mas por trazerem planos e fotografias absolutamente marcantes. Dignos de longa-metragens mesmo. A poesia de certos episódios são memoráveis (fruto também dos ótimos roteiros), bem como o sarcasmo e humor empregados em alguns deles. Destaco um capítulo da 3ª temporada em que determinado personagem acaba ferindo o pé em um acidente dentro do escritório. A forma como a cena é conduzida é primorosa, pois mesmo se tratando de uma tragédia, o contexto nos faz querer rir até não poder mais.
Por esses, e tantos outros motivos, aconselho a você que ainda não assistiu, que dê uma chance a Mad Men. É um drama como poucos, e que se destaca, nessa boa safra de séries norte-americanas. Talvez só fique atrás de Breaking Bad, mas isso é assunto para outro post.
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