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Direção: Masahiro Hosoda
Roteiro: Yûsuke Watanabe
Elenco: Masako Nozawa, Hiromi Tsuru, Ryô Horikawa, entre outros
Origem: Japão
Ano: 2013
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Nostalgia.
Uma das definições da palavra diz que a mesma corresponde à saudade de algo ou alguma
coisa, de uma circunstância já passada ou de uma condição que deixou de
possuir. Não haveria definição melhor para expressar o sentimento que permeava
minha cabeça ao dirigir para casa após a pré-estreia de Dragon Ball Z – A Batalha dos Deuses (Dragon Ball Z: Battle of Gods, 2013), deixando outros fãs e cosplays apaixonados para trás.
Na
trama, após o fim da série animada, Goku (dublado pelo saudoso Wendel Bezerra,
no Brasil) é surpreendido pelo Sr. Kaio, ao descobrir que existe alguém mais
poderoso que ele no universo. Mais precisamente o deus Bills, o destruidor, e
seu fiel escudeiro Whis. Trata-se de um velho clichê do anime, mas que é
suficiente para render o mínimo de história que o filme precisa. Quando a
curiosidade do destruidor em conhecer o responsável pela morte de Freeza se
encontra com o ímpeto de Goku em ser o melhor do universo, a Terra novamente
entra em risco.
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A
Batalha dos Deuses é uma fusão de tudo o que sempre deu certo em Dragon Ball Z,
ação empolgante mesclada ao enorme carisma e bom humor de seus personagens e
situações. E diria que o humor se sobressai a ação em muitos momentos aqui, tal
como era em Dragon Ball, o mangá que deu origem a todas as outras sagas da
série. Quanto aos personagens, todos estão lá para quem é fã matar a saudade:
Gohan, Goten, Trunks, Vegeta, Bulma, Piccolo, Videl, Kuririm, Mestre Kame,
entre tantos outros. Todos tem seu momento para brilhar, com suas personalidades
marcantes e divertidas, em traços de desenho muito bem trabalhados, fruto do
avanço da tecnologia desde à época em que o anime foi televisionado pela
primeira vez.
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Outro
aspecto positivo da obra é a dublagem brasileira. Quem me conhece sabe que sou
contra o trabalho da dublagem, tamanha a diferença de qualidade do áudio
original, além da perda de interpretação e trabalho de fala dos atores que
estão em tela. Na animação, porém, a lógica é outra, e a tradução me parece
sempre muito benéfica. Wendel Bezerra é Son
Goku, e aqui ganha seu merecido destaque, pois qualquer escolha diferente para
a voz do protagonista tornaria o filme um enorme fracasso em solo brasileiro,
ainda que o trabalho dos demais profissionais do elenco sejam igualmente
competentes. Momentos como o famoso “Oi, eu sou o Goku” ou o “Ka-me-ha-me-ha!”,
são frases marcantes e que definiram dublador e personagem por anos. O domínio
de Bezerra é tamanho, que ele se permite homenagear outro grande marco
televisivo nacional, o querido Chaves, no último diálogo da animação (e não
deixei de reparar nesse momento, é especialmente divertido).
É
claro que nem tudo é perfeito. A trama é frágil como papel e o roteiro é
repleto de diálogos expositivos, aqueles em que os personagens fazem questão de
expressar em palavras tudo o que estamos vendo acontecer em tela. Mas convenhamos
que ir ao cinema esperando algo diferente disso seria querer demais. A
computação gráfica, por sua vez, é dispensável, não trazendo acréscimo visual
algum a obra, ainda que tente gerar momentos de impacto.
No
fim, Dragon Ball Z – A Batalha dos
Deuses é uma ode à infância, às tardes em que sentávamos ansiosos por um
novo episódio do anime, às discussões entre amigos sobre quem era mais forte,
ou até mesmo quem se parecia mais com determinado personagem. A obra certamente
dialoga com as crianças de hoje em dia, mesmo que elas ainda não conheçam a
série. Para os adultos, no entanto, é preciso aquela dose de nostalgia.
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Bom |
#dragonball
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