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Postado por
Daniel Oliveira
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Direção: Ben Stiller
Roteiro: Steve Conrad
Elenco: Ben Stiller, Kristen Wiig, Adam Scott, Sean Penn, Kathryn Hahn, entre outros
Origem: EUA / Reino Unido
Ano: 2013
|
Walter
Mitty (Ben Stiller) é o gerente da
sessão de fotografias da revista Life, durante o período em que a revista está
em transição da mídia impressa para a digital. Apesar de extremamente competente
em sua função, ele fantasia com uma vida de aventuras, como a do fotógrafo do
qual sempre revelou as fotografias, Sean O’Connell (Sean Penn). Literalmente sonhando acordado com situações que
tornariam sua jornada mais interessante, Mitty perde o negativo da foto mais
importante já tirada por O’Connell e, por conta disso - e de uma paixão por uma
companheira de trabalho -, resolve mudar sua vida.
Evoluindo
a cada trabalho como diretor, Ben Stiller (Trovão
Tropical) aqui mostra bom gosto e criatividade. Sua atuação, inicialmente
contida, é condizente com a personalidade oprimida de Mitty, que casa
perfeitamente com a cenografia e figurino que o envolvem. Antes do ponto de
virada que a trama proporciona, o personagem somente aparece vestindo tons de
cinza, cores sem vida, sem personalidade, bem como carregando sua maleta
padrão. Todo o ambiente criado nos corredores da revista Life segue o mesmo
padrão, a exceção são as capas das revistas nas paredes, sempre cheias de cor e
vida, uma clara associação aos sonhos de Walter. E quando o personagem enfim
está vivendo o que sempre sonhou, as cores e locações da fria Islândia saltam
aos olhos, num trabalho de fotografia fantástico.
Outro
ponto positivo da obra é a boa utilização dos efeitos especiais. Cada sonho
acordado do protagonista é crível e funciona perante o espectador, abrindo
espaço ainda para uma interessante escolha de Stiller em utilizar de
informações espalhadas pelo cenário, sejam em frases que indicam o caminho de
Walter na trama, ou nos próprios créditos iniciais, que são espalhados e “escondidos”
em cena de forma belíssima. Pergunto-me como o estúdio permitiu tal decisão,
pois olhos menos atentos podem deixar passar as informações dos realizadores.
Mas que bom que foi assim. É uma pena, no entanto, que grande parte das boas
cenas da obra já tenham sido entregues pelo trailer, restando poucas surpresas no
que diz respeito aos efeitos digitais e sonhos de Mitty.
E ainda que o longa apresente tantas qualidades, fica clara a falta de um roteiro melhor
trabalhado. Algumas soluções soam demasiadamente forçadas (chegar do outro lado
do mundo e voltar em apenas um final de semana, ou mesmo a troca de um boneco
por um skateboard), mas nada que estrague o entretenimento e a mensagem que o
filme quer passar. Há momentos realmente inspiradores, como quanto toca a
canção “Space Oddity”, de David Bowie. Uma clara ocasião de ruptura,
que pode ser comparada com qualquer momento de decisão e incertezas que
passamos em nossas vidas.
Havendo
ainda espaço para homenagens ao próprio Cinema, com referências a Matrix e O Curioso Caso de Benjamin Button, A Vida Secreta de Walter Mitty
mostra-se uma obra coesa, divertida e inspiradora, o clássico wake-up movie que poderá ser assistido
por gente de qualquer idade ou crença. Vale citar também a pequena, porém importante,
participação de Sean Penn (Aqui é o Meu Lugar), sempre esbanjando talento.
Desde já estou curioso pelo próximo trabalho de Ben Stiller na direção.
A Vida Secreta de Walter Mitty
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#WalterMitty
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