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Postado por
Daniel Oliveira
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Scott Lang (Paul Rudd) é um “ladrão profissional” recém liberto da prisão. Por conta de seus antecedentes criminais, não consegue se estabelecer em um bom emprego e pagar pensão para sua filha que tanto ama, o que o faz viver afastado da mesma. Aproveitando-se da situação, Hank Pym (Michael Douglas), um cientista aposentado que nunca confirmou o mito de ter sido o Homem-Formiga, o convoca para uma missão que promete resolver seus problemas, ainda que durante o processo as coisas compliquem bastante.
É curioso perceber que justamente a relação de pai e filha de Scott foi um dos motivos que levaram o roteiro a sofrer inúmeras revisões (algumas delas motivaram a saída do diretor Edgar Wright, idealizador do projeto), digo isso, pois trata-se do mote principal da trama, a motivação do protagonista e que também faz um paralelo interessante entre Pym e sua filha, personagem vivida pela bela Evangeline Lilly (LOST). E mesmo com tantas modificações, Homem-Formiga mostrou-se um longa de premissa coesa, que não almeja ir além de suas pretensões modestas, e por isso funciona.
Foto: Marvel Studios |
Não conhecer a origem do personagem possibilitou que eu me surpreendesse com muitos aspectos da trama e embarcasse facilmente em sua proposta (algo semelhante aconteceu comigo em Guardiões da Galáxia), de modo que cada incursão do protagonista como Homem-Formiga, aumentando e diminuindo de tamanho num apertar de botão, mostrava-se uma dinâmica empolgante de acompanhar. Mérito para o design de produção da obra, que soube trabalhar muito bem a perspectiva do espectador perante a tela de cinema e do próprio personagem perante seu ambiente aumentado. Os efeitos digitais também não comprometem, aliás, há um momento específico de fazer cair o queixo, quando somos apresentados a uma versão digital do jovem Michael Douglas, provavelmente o melhor trabalho do tipo já visto nas telas.
Mas como destaquei antes, certamente o destaque do filme é seu simpático elenco, encabeçado pelo carismático Paul Rudd (As Vantagens de Ser Invisível). Foi gratificante ver como o ator domina o filme com segurança, utilizando de seu humor característico sem perder a aura de herói que a obra necessita. Michael Douglas (Minha Vida com Liberace), por sua vez, é o tipo de persona que sempre queremos ver em tela, um dos grandes do cinema que ainda estão na ativa, por mais que esteja no piloto automático aqui. E se Evangeline dá apenas um gostinho do que podemos esperar de seu futuro no universo Marvel, Corey Stoll (House of Cards) é a caricatura em forma de vilão, mas funciona na proposta aqui empregada. Contudo, quem rouba a cena é Michael Peña (Marcados para Morrer), estigmatizado por sempre fazer o papel do coadjuvante latino (ainda que aqui seja exatamente isso que ele faça), o ator consegue se destacar com um humor característico e que é beneficiado pela edição em pelo menos 2 momentos da obra (um deles o inspirado e revelador encerramento.
Foto: Marvel Studios |
E foi assim, sem querer ser maior do que realmente é (sacou?), que Homem-Formiga funcionou como um suspiro agradável na linha temporal da filmografia do estúdio, que movido pela necessidade de interligar todos os seus longas, acaba esquecendo de trabalhar individualmente cada um deles (e se pararmos pra analisar, as cenas que fazem as ligações com o restante do universo são bem dispensáveis). Agora sim, aguardo por novas aventuras do herói.
Ótimo |
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