One Punch Man | 1ª Temporada


Parodiando muitos heróis e abusando dos clichês, One Punch Man é um dos animes que chegaram na Netflix no mês de julho. Apesar de não ser um material recente, pois ele foi exibido no Japão entre outubro e dezembro de 2015, essa é a primeira vez que ele é apresentado - oficialmente - para o público brasileiro em formato de animação.

Adaptando o mangá escrito por One, ele conta a história de um jovem rapaz chamado Saitama, que após três anos de treinos intensos adquire uma super força que o possibilita a ele derrotar qualquer inimigo com apenas um golpe. E com esse enredo, ele desperta a principal reflexão no público: o que você faria se chegasse no topo e não tivesse com quem competir?

Nos primeiros episódios encontramos um Saitama entediado, levando uma vida simples e atuando como como super-herói por hobby. Mesmo com todo seu poder, ele prefere não ganhar fama com isso. Durante os 12 episódios de One Punch Man são raras as cenas de lutas intensas com a presença do protagonista, que normalmente utiliza seu poder como último recurso e tenta não ser o centro das atenções.


O roteiro coloca o personagem diante de situações que dão margem para uma série de clichês e muito humor. O próprio Saitama tem uma aparência engraçada e utiliza um uniforme típico de um super-herói com luvas e uma capa. Os inimigos mais comuns são semelhantes aos monstros gigantes dos tokusatsus (live-action de super-heróis) e aparecem para destruir cidades inteiras sem nenhum motivo aparente.

A personalidade “descolada” e cômica de Saitama faz oposição ao coadjuvante Genos, o cyborg com o estereótipo tradicional dos personagens de animes. Enquanto um é desligado de tudo que acontece em sua volta, o outro é focado nos seus objetivos e extremamente sério. Esse contraste entre as duas figuras serve de escada para muitas piadas durante os episódios.

E ainda falando sobre a quantidade de humor, a dica é assistir One Punch Man com a dublagem brasileira. Além de suavizar as interpretações bem exageradas da versão original, a adaptação do texto traz muitas gírias atuais. Um trabalho que lembra bastante o que foi feito com Yu Yu Hakusho nos anos 90.


Os traços da animação é algo que pode deixar um pouco a desejar. As artes do estúdio japonês Madhouse (Death Note, Sakura Card Captors) têm momentos bem inspirados e outros nem tanto. Algumas cenas de lutas são impossíveis de entender por conta da quantidade de cores e riscos. O que pode ser legal no primeiro momento, mas depois se torna massante.

A real intenção de One Punch Man é divertir o público com ótimos momentos cômicos que fazem piada com determinados clichês da cultura dos animes/mangás. Talvez por isso seu roteiro não tem grandes surpresas ou reviravoltas, mas deixa pontas para o que está por vir na segunda temporada que já está em produção.

E para aqueles que gostam de ler e querem saber o que vai acontecer com Saitama,o mangá de One Punch Man está sendo publicado no Brasil pela editora Panini.

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