Festival de Cinema da Nova Zelândia

O que você conhece sobre a Nova Zelândia? Você sabia que trata-se do país com a menor taxa de poluição do planeta? Ou que uma em cada três famílias possuem um barco como principal meio de transporte? E sobre o cinema neozelandês, quantos filmes você já assistiu? 

Durante o todo o mês de agosto, o inédito Festival de Cinema da Nova Zelândia passou por três cidades brasileiras - Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba - exibindo nove produções do país ao nosso público.

Em entrevista exclusiva para o Cinéfilo em Série, Jannine McCabe, Encarregada de Negócios da Embaixada da Nova Zelândia, ressaltou a importância do Festival na aproximação entre as nações:

“Acreditamos que o cinema é uma das melhores formas de apresentarmos nossa cultura e, assim, mostrarmos que a Nova Zelândia é bem mais perto do que se imagina.”

O incentivo ao engajamento entre as indústrias audiovisuais brasileira e neozelandesa também foi um dos objetivos do festival. Nas cidades contempladas pelo evento, além da exibição dos filmes, foram organizados workshops que reuniram inúmeros profissionais da área.

Outro atrativo do festival para os amantes do cinema foi a oportunidade de assistir produções para além do mercado hollywoodiano em sessões gratuitas. Valtemir Soares (50), jornalista e relações públicas, prestigiou o evento em Curitiba e destacou o diferencial desse tipo de evento: 

“Festivais como esse fazem o espectador brasileiro ampliar seu horizonte, para além das produções artísticas do eixo EUA e Europa, oferecendo a oportunidade de ver temáticas comuns a qualquer pessoa sob novos pontos de vista.”

FILMES
A mostra do Festival reuniu filmes baseados em fatos, obras ficcionais, documentários e muito mais. Mesmo com essa diversidade de temas e formatos, todas as obras visaram representar de forma fiel tanto a cultura quanto os personagens tipicamente “kiwis”, apelido comum aos neozelandeses.

Nesse sentido, o trabalho do escritor Witi Ihimaera ganhou destaque ao longo do Festival, já que três adaptações cinematográficas de suas obras foram reproduzidas: Encantadora de Baleias (2002), Mentiras Brancas (2013) e O Patriarca (2016).


Encantadora de Baleias (Whale Rider, 2002)

Direção: Niki Caro

Indicada ao Oscar de Melhor Atriz, a neozelandesa Keisha Castle-Hughes é a responsável por dar vida à pequena Paikea. No longa, a garota Maroni, por ser uma mulher, tem que desafiar o avô e toda a sua tradição para conseguir assegurar a posição de liderança a qual teria direito.


Mentiras Brancas (White Lies, 2013)

Diretora: Dana Rotberg

Sucesso de crítica, o filme gira em torno da relação entre três mulheres, que apesar das origens diferentes, compartilham de um mesmo segredo. A diretora Dana Rotberg teve seu trabalho reconhecido no The WIFTS Foudation Internacional Visionary, evento que prestigia o trabalho de mulheres de todo o mundo.



O Patriarca (Mahana, 2016)

Diretor: Lee Tamahori

O mais novo sucesso neozelandês narra a histórica rivalidade entre duas famílias que há gerações permanecem em tensão. O filme foi indicado a seis prêmios no New Zeland Film and TV Adwards 2017, uma das principais premiações do país. 

Além do Brasil, o evento ainda irá percorrer outros países da América Latina como Argentina, Chile e México. Para quem não conseguiu participar, resta torcer para que logo o festival retorne com novos filmes aos cinemas nacionais.

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