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Postado por
Daniel Oliveira
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Sabe aquele tipo de série que se for cancelada não vai fazer muita falta, mas que ao mesmo tempo é divertidíssima de acompanhar? Essa é a minha relação com Ballers, série da HBO protagonizada por Dwayne Johnson (Velozes e Furiosos 7), o famigerado The Rock, ator de carisma aparentemente inesgotável. Aliás, é impressionante como o ele consegue encontrar tempo para gravar suas cenas, levando em conta que está lançando um filme atrás do outro e sua presença fascinante é a âncora da produção.
Ok, sejamos justos, boa parte do elenco é muito boa. Vale destacar Rob Corddry (O Verão da Minha Vida), que rouba a cena em muitos momentos com seu Joe, que é quase um sidekick de Spencer (Johnson); e John David Washington (Malcolm X), o filho de Denzel Washington, que é uma presença sempre divertida pela excentricidade de seu Ricky Jerret, que muitas vezes acaba nos surpreendendo com arcos dramáticos.
Aqui não pretendo falar sobre a premissa de Ballers, afinal, se você está aqui, provavelmente já acompanha a série há algum tempo. Sendo assim, foco nos acontecimentos dessa irregular terceira temporada, que contou com a presença inesperada de Steve Guttenberg (Loucademia de Polícia) no papel de um magnata de Las Vegas, uma espécie de antagonista para Spencer, mas não tão incisivo quanto Andy Garcia (Os Intocáveis) no ano passado.
Foto: HBO |
A premissa principal desse terceiro ano é a obsessão de Spencer por construir um estádio de futebol americano em Las Vegas, fazendo com que uma equipe de outra cidade migre para a "Cidade do Pecado". Trata-se de algo bastante comum nos EUA, onde times mudam de cidade, buscando melhores acordos financeiros e benefícios. Do ponto de vista da instituição, de fato, é algo proveitoso, porém, se pensarmos no ponto de vista do fã, a mudança de município é uma tragédia. Trazendo para a realidade brasileira, é como se o Flamengo deixasse o Rio de Janeiro e passasse a jogar em São Paulo daqui em diante. E o torcedor carioca, ficaria viúvo de time? Essa discussão é abordada de forma interessante na temporada.
Se a trama central funciona bem, o mesmo não podemos dizer das subtramas dos personagens secundários. Ricky Jarret ficou limitado a seus conflitos internos e a gravidez de uma garota com quem se envolveu. Charles Greane (Omar Benson Miller), por sua vez, teve seu arco novamente estendido além da conta, em um roteiro que insiste em discutir suas aptidões como auxiliar técnico, sem necessariamente mover a história do personagem para lugar algum.
As músicas continuam ótimas, a abertura segue a empolgar, mas Ballers precisa se reinventar se quer continuar agradando a audiência em sua vindoura e já confirmada quarta temporada. É preciso se arriscar um pouco mais, quem sabe introduzir novos personagens, ou algo assim. Como eu disse antes, se for cancelada, a série talvez não faça grande falta ao espectador, no entanto, ainda pretendo me divertir com o carisma de tantos personagens bacanas.
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