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Cibele Pixinine
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Doutor Estranho traz uma nova "vibe" ao universo cinematográfico da Marvel. Com inúmeras referências aos anos 70, desde músicas do Pink Floyd até efeitos psicodélicos, o longa definitivamente inova no visual, ainda que não inove narrativamente falando, engessado na competente e fiel fórmula de se filmar adaptações de quadrinhos.
Como todo filme de introdução, Doutor Estranho leva bastante tempo para apresentar o universo de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), um neurocirurgião renomado. A vida do médico vira de cabeça para baixo ao sofrer um grave acidente de carro que danifica de forma definitiva sua maior ferramenta de trabalho: as mãos. Homem extremamente cético, pela primeira vez ele se vê sem esperanças na ciência e, por isso, decide procurar outra forma de cura, do tipo que ele ainda não sabe que acredita. É em Catmandu, no Nepal, que Strange encontra algo além de uma cura espiritual, a entrada para novas dimensões e realidades.
Se a primeira vista o protagonista pode parecer uma cópia de Tony Stark, a ótima atuação de Benedict Cumberbatch (O Jogo da Imitação) ajuda a dar profundidade ao personagem, que mostra possuir sua própria personalidade. Tilda Swinton (Precisamos Falar Sobre Kevin) também se destaca na pele da Anciã, personagem que gerou certa polêmica, com acusações de "whitewashing", mas que justifica sua função em tela.
O restante do elenco se mostra tão competente quanto, formado por ótimos nomes. Mads Mikkelsen (Hannibal) funciona como antagonista, ainda que siga a linha de outros vilões da Marvel Studios, prejudicado pelo quase obrigatório alívio cômico. Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão) segue a mesma linha, mas com possibilidade de maior desenvolvimento em filmes futuros. Talvez apenas Rachel McAdams (Nocaute) tenha menor destaque, limitando-se a ser o par romântico de Strange.
Foto: Marvel Studios |
O restante do elenco se mostra tão competente quanto, formado por ótimos nomes. Mads Mikkelsen (Hannibal) funciona como antagonista, ainda que siga a linha de outros vilões da Marvel Studios, prejudicado pelo quase obrigatório alívio cômico. Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão) segue a mesma linha, mas com possibilidade de maior desenvolvimento em filmes futuros. Talvez apenas Rachel McAdams (Nocaute) tenha menor destaque, limitando-se a ser o par romântico de Strange.
A estreia de um personagem clássico dos quadrinhos ajuda a expandir o universo da Marvel nos cinemas, deixando de lado explicações científicas e embarcando de vez na fantasia. Ao mesmo tempo, a obra também tenta trazer debates mais sérios para a narrativa como, por exemplo, a finitude e a imprevisibilidade da vida. Essas abordagens são feitas, contudo, de forma superficial e perdem o seu peso ao longo do filme, o que é uma pena.
Ainda que sem relação direta com os outros filmes da Marvel Studios, Doutor Estranho não deixa de lado os eventos ocorridos naquele universo. Com pequenas dicas e referências no roteiro, vamos juntando as peças do quebra-cabeça. Isso sem contar as duas cenas pós crédito, que deixam um gostinho de quero mais no espectador, criando expectativa não apenas para o próximo filme solo do Doutor, mas também para seu encontro com os integrandes dos Vingadores.
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