This Is Us | 2ª Temporada


Pra quem gosta de This Is Us, vale mencionar que já escrevi sobre a primeira temporada da série,  abordando um pouco mais sobre a concepção da produção e a surpresa positiva que foi seu lançamento, em 2016. Para conferir essa review é só clicar AQUI.

Em seu segundo ano, a série acerta ao se manter fiel às suas principais características: o tom melodramático e o desenvolvimento de personagens -- elementos que emocionam milhões de fãs a cada exibição. Apesar disso, os primeiros episódios mostraram-se bastante mornos, fazendo a história evoluir com lentidão e sem provocar muitas lágrimas, ao menos por parte da espectadora que vos escreve.

Nessa temporada mergulhamos mais profundamente nas razões que fizeram com que Kevin (Justin Hartley), Randall (Sterling K. Brown) e Kate (Chrissy Metz) se tornassem os adultos que são hoje. Também descobrimos como Jack (Milo Ventimiglia) morreu -- em um dos episódios mais emocionantes do ano -- e o que motivou Rebecca (Mandy Moore) a se casar com o melhor amigo do marido.

Foto: NBC

No entanto, se você imagina que o fim do mistério sobre como o pai da família Pearson morreu é o início do fim dessa estória, está redondamente enganado. Uma das surpresas da nova temporada é a expansão da linha do tempo narrativo. Se no ano anterior tínhamos flashbacks entrelaçados com os acontecimentos presentes, agora temos passado, presente e futuro trazendo informações sobre as vidas dos personagens. Inclusive, os ganchos para a vindoura terceira temporada são justamente acontecimentos futuros, gerando perspectivas e possibilidades para que a estória continue além do núcleo Jack/Rebecca. 

O fato é que This Is Us continua apaixonante. Com simplicidade e leveza, cria situações reais para personagens fictícios. Mesmo que alguns arcos acabem soando exageradamente melodramáticos, o cerne da estória é verossimilhante o bastante para o transpormos para a vida real. O que acompanhamos é a estória de uma família, cujo destino acontece independentemente de seus planos. Na nossa vida, por exemplo, a morte de um ente querido (como Jack) muda o curso de nossa estória, mas não encerra a nossa jornada. Cabe, a quem fica, escrever novos capítulos e fazer com que as futuras gerações reconheçam a importância de alguém que elas nunca conheceram, mas que é responsável por estarem aqui.

Isso é o que somos.

Foto: NBC

Ótimo

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Lívia Campos de Menezes é apaixonada por filmes, séries e boa música (leia-se rock'n'roll). Adora ler e viajar. Desde 2015 mora nos Estados Unidos, onde faz MFA em Cinema na UNC School of the Arts.

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