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Postado por
Daniel Oliveira
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Direção: Neil Burger
Roteiro: Leslie Dixon
Elenco: Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2011
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Eddie
Morra (Bradley Cooper) é um escritor
de pouca perspectiva de sucesso, que atravessa sérias dificuldades para
conseguir terminar de escrever seu livro. Quando sua namorada Lindy (Abbie Corbnish) rompe o relacionamento,
ele acaba entrando em contato com uma nova droga, que possibilita que o
usuário utilize 100% da capacidade cerebral, o que muda sua vida radicalmente.
É
em sua premissa que Sem Limites (Limitless) encontra seu maior trunfo. O
roteiro de Leslie Dixon (Hairspray – Em
Busca da Fama), adaptado do romance de Alan Glynn, sabe aproveitar a grande
mudança que a nova droga – NZT, como é chamada - proporciona na vida do protagonista.
O mais interessante é que a narrativa vai além, fugindo dos tradicionais
conclusões que esse tipo de trama a lá “Cinderela” costuma trazer, e nos apresenta
algo mais palpável. Ainda assim a obra não é perfeita, apresentando alguns
clichês típicos desse tipo de narrativa, assim como alguns furos e eventos mal
explicados (a conclusão do 3º ato é um bom exemplo, mesmo que funcione).
Neil
Burger (O Ilusionista), por sua vez,
realiza um trabalho satisfatório na direção. Seu maior acerto foram as
diferentes fotografias empregadas, estabelecendo uma clara diferença da
realidade vivida por Eddie (cores frias, ambientes sem vida, melancolia),
contraposta a sua vida fantasiosamente perfeita, gerada pelo uso do
entorpecente (predominância de cores quentes, valorização da luz do sol e
dos olhos azuis do protagonista). Uma pena que o diretor utilize de alguns
efeitos especiais desnecessários, que em nada acrescentam a trama e servem
apenas de alegoria visual.
Deve-se
destacar também o elenco, encabeçado por Bradley Cooper (Se Beber, Não Case), um ator que vem demonstrando uma boa
versatilidade em tela, protagonizando de ótimas comédias a dramas soturnos. Aqui,
Cooper está mais uma vez competente, sabendo dosar os diferentes momentos
vividos por seu personagem. Igualmente adequada em cena está Abbie Cornish - do
vindouro Robocop, de José Padilha –
que surpreendentemente ganha grande participação na trama, como a volátil
namorada do “herói”. E se por um lado Robert De Niro (Poder Paranormal) emprega seu habitual talento no papel de Carl
Van Loon, um poderoso empresário do ramo financeiro, é triste constatar que o
personagem está aquém da capacidade de seu protagonista, podendo ter sido
vivido por qualquer outro ator, visto que não exerce grande importância para a
narrativa. Uma pena que esse fato tenha se tornado costumeiro na carreira de De Niro,
que outrora já protagonizou obras memoráveis que o tornaram (mais que
merecidamente) uma lenda viva do Cinema.
Por
fim, é seguro dizer que Sem Limites
é um bom filme e funciona como entretenimento, especialmente por trazer um
conceito interessante e que teria potencial até para se tornar uma boa ficção
científica. Não é o caso aqui, onde prevalece o suspense de ação mediano, mas é
uma boa pedida para uma noite sem grandes opções.
Bom |
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