Cenas Inesquecíveis | Laranja Mecânica


"Eram eu, que sou Alex, e meus três drugues."

E com essa frase começa um dos filmes mais conceituados de todos os tempos, uma das obras-primas de Stanley Kubrick (Nascido Para Matar). E Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971) não poderia começar de forma mais genial, com o diretor, primeiro anunciando os créditos com cores diferentes, chamativas, com uma trilha-sonora incrível, para em seguida, sermos apresentados ao marcante rosto de Malcolm McDowell (Calígula), em close, com um olhar perverso. Um olho pintado e o outro não, um chapéu diferente, uma roupa esquisita, um copo de leite. Aos poucos a câmera vai se afastando e percebemos que estamos num mundo diferente, perturbador de certo forma. E então Alex (McDowell) se apresenta, e a seus três drugues, já anunciando o que aquela noite reserva aos mesmos, um pouco da boa e velha "ultraviolência".

Kubrick costuma desafiar o espectador em suas obras. São filmes que não são fáceis de assistir por atacarem a nossa percepção de certo e errado, atacarem as ironias do ser humano. Laranja Mecânica, certamente, é o mais incisivo nesse sentido. Apenas assistam.



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