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Postado por
Daniel Oliveira
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Direção: John Moore
Roteiro: Skip Woods
Elenco: Bruce Willis, Jail Courtney, Sebastian Koch, Yuliya Snigir, Mary Elizabeth Winstead, entre ourtos
Origem: EUA
Ano: 2013
|
25
anos se passaram desde a estreia do primeiro Duro de Matar, em 1988, até o atual filme da franquia, o quinto, Duro de Matar: Um Bom dia Para Morrer.
E quanta coisa mudou de lá pra cá. Mudanças que afetaram não só a indústria
cinematográfica como um todo, mas que modificaram a própria saga de John
McClane, bem como a composição do icônico personagem ao longo do tempo. Naquela
época Bruce Willis era pouco conhecido, chegou a ser preterido do pôster de
divulgação da obra (fato que mais tarde foi corrigido devido ao estrondoso
sucesso). Hoje o ator é um astro incontestável, e esse talvez seja o único
motivo plausível que encontro para que essa sequência chegue às salas de
Cinema, quando merecia ser lançada direto para home video. E estou tentando ser positivo, como fã.
Na
trama, McClane (Willis) é designado
para uma missão na Rússia, onde terá que resgatar seu filho Jack (Jai Courtney) que estaria preso no
país. Uma vez em território russo, o mesmo descobre que há muito mais por trás
dessa premissa e, juntos, pai e filho terão que enfrentar um perigoso líder
local, que se mostra uma ameaça para a paz global, além de lidar com seus
problemas de relacionamento. Afinal, aprendemos com a série LOST que “all the best cowboys have daddy issues” (todos os melhores cowboys
tem problemas a resolver com os pais).
O
filme mostra-se muito abaixo da média desde a sua fraca premissa que não traz
nenhuma novidade à franquia, a não ser o fato de o herói estar fora do seu país
de origem. E se essa adversidade deveria render boas piadas, o roteiro de Skip
Woods (Esquadrão Classe A) falha
miseravelmente na proposta que, no máximo, faz o espectador rir timidamente em
duas ou três oportunidades, muito em função do carisma de Bruce Willis que permanece inabalável, embora dessa vez não seja suficiente
para que a obra funcione. Até a famosa frase que é marca registrada do
protagonista, o “Yippee Ki-Way Motherfucker”, soa forçada e desinteressante no
momento em que é pronunciada, fazendo uma cena que todo fã espera ir por água
abaixo.
Ainda que prejudicado pelo roteiro, Willis (Moonrise Kingdom) segue ótimo como John McClane e ainda apresenta vigor invejável para as cenas de ação. É uma pena que o restante do elenco seja inexpressivo, especialmente Jai Courtney (Jack Reacher – O Último Tiro), que ao contrário do “pai”, não possui nenhum carisma. Seu personagem soa desinteressante a todo o momento, assim como os demais coadjuvantes, fazendo com que o espectador não crie expectativa, ou mesmo curiosidade com seu destino. E se levarmos em conta que o ator é co-protagonista do filme, temos então um enorme problema.
Utilizando
de ininterruptos e excessivos closes
que fariam Tom Hooper (Os Miseráveis)
sentir inveja, o diretor John Moore (Max
Payne) também se mostra uma escolha equivocada para a função. Suas cenas de
ação geram pouca tensão e não levam a lugar algum, apenas preocupando-se em
causar o maior número de explosões possíveis. Tudo soa muito falso, mesmo
tratando-se de Duro de Matar, com abusivo
uso de efeitos digitais e fundo verde (nem sempre bem feitos). É difícil até de
entender o que acontece em certos momentos, tamanha a quantidade de cortes por
cena, o que evidencia a falta de técnica do cineasta.
E é assim que Um Bom Dia Para Morrer se apresenta a plateia, mostrando-se um filme absolutamente desnecessário, ao ponto de tomarmos certas homenagens à franquia como uma afronta (cito em especial a morte do vilão). Talvez tivesse sido, de fato, um bom dia para John McClane morrer, assim seríamos poupados de uma vindoura sequência que, não duvido, pode acontecer a qualquer momento. Sem dúvida alguma uma pena, pois trata-se de uma franquia que, até sua quarta parte, tinha entregue filmes dignos e divertidos aos fãs e espectadores.
Ruim |
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Comentários
#diehard
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