Sherlock - S03E01 - The Empty Hearse


2 anos de árdua espera e expectativa. Foi esse o tempo que os fãs de Sherlock tiveram de aguardar desde que assistiram o bombástico final da 2ª temporada, o excepcional The Reinchenbach Fall. Não é exagero dizer, no entanto, que a espera valeu muito à pena. E, devo dizer, não me importaria de aguardar ainda mais tempo se, cada vez que a série retornasse, fosse presenteado com um evento televisivo tão marcante quanto The Empty Hearse (O Carro Fúnebre Vazio, numa tradução literal). As expectativas foram supridas da melhor maneira possível.

2 anos também foi o tempo que se passou na trama. Foi esse o período do luto vivido por Watson (Martin Freeman), desde a suposta morte de seu grande amigo Sherlock (Benedict Cumberbatch). Essa semelhança de hiatos não poderia ser mais benéfica para a série, pois aproxima o espectador das emoções que presenciamos em tela, bem como possibilita que o roteiro brinque com as diversas teorias que foram criadas internet à fora para o truque usado pelo protagonista para forjar sua morte. O roteiro, aliás, um dos grandes trunfos da série, também é hábil em brincar com as diversas piadas e insinuações de que os protagonistas fossem homossexuais, o que gera momentos divertidíssimos, como quando Watson enfatiza que não é gay para a zeladora.

O S03E01, por si só, já teria assunto suficiente para tratar com o fim do 2º ano, mas vai além, criando uma interessante trama envolvendo o lendário Guy Fawkes e os eventos do 5 de novembro (mais informações sobre o tema, AQUI), aliando um importante acontecimento da cultura britânica à envolvente narrativa. O plano do vilão (personagem ainda não identificado), aliás, é muito semelhante ao de "V", no longa-metragem V de Vingança (V for Vendetta). A diferença é a conclusão imensamente mais divertida, com Sherlock enganando Watson e escutando a confissão de sua admiração pelo maior detetive do mundo.


O que dizer então da dupla de protagonistas? A química dos atores continua fantástica, bem como o excelente timing cômico de ambos. Benedict Cumberbatch dá show com seu Sherlock. Orgulhoso, egocêntrico, extremamente inteligente, mas visivelmente mais afetuoso e humano, desde que começou sua amizade com Watson. Ele tem dificuldade em compreender aspectos do sentimento humano, como Mary bem ressalta em determinado momento. Mas os transmite de maneira absolutamente comum aos seus semelhantes, quando sente-se envergonhado pela presença de seus pais, ou quando larga tudo para socorrer alguém que ama. Um personagem fascinante é Sherlock Holmes. Não à toa faz sucesso por décadas e décadas.

Martin Freeman, por sua vez, também exala talento com seu John Watson. A princípio com seu cômico bigode, que gerou ótimas risadas, depois na sua inevitável retomada de parceria com Holmes. Conseguimos nos colocar na pele de Watson em diversos momentos, pois, como ele, ficamos sem nosso personagem favorito por longos 2 anos. Sua jornada ao longo do episódio foi bastante interessante e crível, em cada aspecto apresentado.

The Empty Hearse ainda deixa diversas pontas soltas que devem dar o tom do 3x02 e, por que não, do final da temporada. O sucesso foi tamanho que já existem boatos de que a série será renovada para seu 4º e 5º ano. Com hiatos intermináveis, ou não, o fato é que Sherlock é uma série incrível. E como é bom poder acompanhar séries incríveis.


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