Doctor Who: 4ª Temporada


Tida por muitos fãs como o melhor ano da série, a quarta temporada de Doctor Who é realmente um marco em vários aspectos, especialmente no que diz respeito a seu protagonista e sua mitologia, que dão uma guinada impressionante rumo a algo ainda maior.

Essa é a 4ª parte de uma série de posts que venho escrevendo desde que me tornei um whovian. Nela faço um balanço geral da temporada, abordando aspectos de roteiro, desenvolvimento de personagens, atuações, episódios favoritos, entre outros. Você pode conferir os textos das temporadas passadas clicando AQUI. E, é sempre bom dizer, haverão spoilers abaixo, ok? Allons-y!


 THE DOCTOR 

Essa foi a temporada para David Tennant brilhar. Extremamente à vontade no papel, o ator pode explorar diversas facetas do Doctor. Já bem menos abalado com os acontecimentos que levaram a sua despedida de Rose, tivemos novamente um personagem vibrante, confiante, engraçado e também dramático, sempre que a história exigia.

Consegui também compreender o porquê do 10º Doctor ser tão querido pelos fãs (ainda que mantenha Eccleston como meu favorito até aqui). Todos os acontecimentos que levaram ao fim da temporada e a eventual despedida do ator ao término dos especiais, atingiram um ápice emocional admirável. O fato de admirar mais o Doctor anterior não diminui em nada o meu apreço por Tennant. Sua despedida, tatuada na memória de todo whovian, deixará saudade, sem dúvida. "I don't wanna go."

 THE COMPANION 

Eis que a noiva fugitiva retornou. Donna Noble é, definitivamente, minha companion favorita (até aqui, óbvio). Pela primeira vez temos uma parceira que não é "apaixonada" pelo Doctor, pelo contrário, a relação de ambos mostra-se puramente amiga, uma companheira de fato.

Desbocada, temperamental, emotiva, engraçada. Donna é um misto de sentimentos que diverte e emociona o espectador como nenhuma outra companion havia conseguido até aqui, ao menos comigo. Sua presença mostra-se essencial em muitos momentos, enfatizando a necessidade que o Doctor tem de alguém ao seu lado que lhe traga de volta para a realidade em momentos em que o mesmo se deixa levar pela emoção e instinto. Uma pena que tenha ficado conosco só nessa temporada.

 EPISÓDIOS 

Houveram episódios memoráveis nessa temporada, prova de que o roteiro da série evolui a cada ano. "The Fires of Pompeii" certamente foi um deles, não só pelo contexto histórico e final apoteótico (que me emocionou), mas também por ganhar todo um contorno especial, visto que temos a participação de Peter Capaldi, o escolhido novo Doctor que assumirá o 8ª ano da série (estou bastante curioso para saber como os roteiristas irão interligar essa "coincidência").

"Planet of the Ood" nos trouxe um pouco mais sobre essa intrigante e importante raça dos Oods, enquanto "The Doctor's Daughter" nos apresentou a bela e carismática "filha do Doutor", num dos episódios que mais me empolgaram em seu final (aguardo o retorno da personagem ansiosamente). Então tivemos Agatha Christie em "The Unicorn and the Wasp" e o ótimo capítulo duplo "Silence in the Library" e "Forest of the Dead", onde conhecemos a misteriosa River Song. Tudo culminando no fantástico episódio triplo que encerrou essa marcante temporada, "Turn Left", "The Stolen Earth" e "Journey's End", reunindo diversos personagem secundários importantíssimos e empolgando absurdamente qualquer fã. Se pararmos pra pensar que de 13 episódios destaquei 8, dá pra sentir o que foi esse 4º ano.



 ESPECIAIS 

O término da 4ª temporada teve uma particularidade interessante. O hiato para a season seguinte foi mais longo do que o comum (aproximadamente 2 anos), o que resultou na gravação de 5 especiais que saciaram a "fome" dos fãs. O primeiro deles, o tradicional episódio de natal, foi o ótimo "The Next Doctor", que trouxe David Morrissey (o Governador de The Walking Dead) no papel de um homem que acreditava ser o Doctor, numa trama bastante interessante. A capacidade de DW de criar personagens secundários cativantes é algo a se admirar.

Dentre os especiais, destaco também "The Waters of Mars", um excepcional episódio que levantou discussões interessantíssimas: até que ponto o Doctor pode influenciar os fatos históricos que presencia? Também pudemos perceber o quanto a falta de um companion afeta suas decisões. E cada escolha de nosso Time Lord favorito pode mudar o rumo de todo um universo.

Pra encerrar, é claro que não poderia deixar de falar do especial duplo "The End of Time", tido por muitos um dos mais dolorosos da série. Tenho que confessar que os episódios não me emocionaram tanto como eu esperava, mas nem por isso foram ruins, pelo contrário. Rever Donna foi ótimo, uma pena que ela não lembrava de nada. Além da despedida de Tennant, que proporcionou momentos especiais com cada personagem secundário (entre eles o de uma escritora em específico, emocionante), tivemos a participação ativa do velho Wilfred, um show a parte. Me resta agora continuar minha jornada, agora ao lado de Matt Smith. Até a próxima review!


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