Mad Men 7x06 | The Strategy


É triste lembrar que The Strategy é o penúltimo episódio dessa primeira metade da última temporada de Mad Men. Teremos um gigantesco hiato até o retorno da série, que só voltará em 2015, aí sim em uma despedida final, ainda com data a definir. É triste porque a cada novo episódio o óbvio se constata: Mad Men é fantástica e fará muita falta.

O 7x06 foi marcante por resgatar elementos passados muito interessantes na trajetória de Don na agência. Pete Campbell, por exemplo, desde a primeira temporada sempre fora uma pedra no sapato, o tipo de cara que faria qualquer coisa para crescer na profissão, e isso inclui puxar o tapete das pessoas, se fosse preciso. E se naquela época Draper não tinha confiança alguma em Pete, é curioso ver que o calvo companheiro de profissão é um dos poucos que lhe dá alguma moral e apoio em seu retorno a agência. E que bacana foi vê-lo de volta a Nova York, sua presença traz uma ótima dinâmica as cenas, seu jeito peculiar é engraçadíssimo.

É importante também citar a trajetória de Joan, que segue vivendo os infortúnios de ser uma mãe solteira no fim da década de 60. Confesso que a volta de Bob não acrescentou muito na minha experiência como expectador, mas talvez seja alguma birra minha por não gostar do ator. Contar da proposta que havia recebido à Joan foi um erro, visto que agora todos os sócios da agência já sabem, e lutam para não perderem o contrato.


Voltando a Don, o segundo elemento de sua trajetória é Peggy. Creio que citei em minhas reviews passadas o quanto a ingratidão da moça me deixava injuriado, afinal, mesmo que a duras penas, Draper sempre foi seu mentor e a ajudou a conseguir o que ela tem hoje. A relação dos 2 sempre foi de respeito mútuo, de certa maneira, e já havia rendido grandes momentos à série. E rendeu novamente, para a alegria de qualquer fã dos personagens (e aqui me incluo).

É impressionante como uma simples sugestão de Don para uma mudança na campanha tenha afetado tanto Peggy. Essa é prova concreta do quanto ela ainda respeita o talento de seu "chefe", ainda que tente amargamente exercer qualquer autoridade sobre ele. Draper, por sua vez, mostra-se quase que completamente reformulado, aceitando de vez o papel que lhe foi imposto e trabalhando com o que tem, comemorando a cada passo conquistado. E não ficarei espantado se na volta da temporada, em 2015, nosso protagonista já esteja de volta ao lugar do qual nunca devia ter sido tirado.

Claro, não poderia encerrar essa review sem citar a linda cena em que Don e Peggy, desarmados de qualquer ego e após um drink ou outro, dançam ao som de uma música extremamente significativa para o momento que ali viviam. Durante a dança, mediante a fragilidade emocional demonstrada pela "pupila" ao recostar a cabeça em seu peito, Draper não se priva de dar um carinhoso beijo na cabeça da moça, como um pai faria. Não a toa o episódio encerra com Don, Pete e Peggy, juntos, como uma família na lanchonete, traçando sua estratégia.


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