1988 | O Cinema no ano em que nasci | Parte 7

Após mais de um ano (o que me fez parar pra pensar que o Cinéfilo em Série já existe há um bom tempo), retorno para escrever sobre a série de posts O Cinema no ano em que nasci. No meu caso, o ano é 1988, e venho relatando sobre os filmes que foram lançados nesse ano e minha breve opinião sobre eles. Você pode conferir as partes anteriores da coluna clicando AQUI. Nessa sétima parte, um príncipe africano, um anime popular, uma dupla não convencional e um Estado dividido pelo racismo.

Um Príncipe em Nova York
(Coming to America)

Provavelmente o auge da carreira de Eddie Murphy - visto que ele já havia protagonizado 2 filmes da franquia Um Tira na Pesada (Beverly Hills Cop). O ator vive um rico príncipe africano que viaja para Nova York pela primeira vez, afim de viver a vida comum antes de se casar com o par prometido por sua família. Uma das comédias mais divertidas de Murphy, e umas das melhores da década de 80 sem dúvida. As situações criadas são hilárias. Marcante também por ser a primeira vez que o ator viveu vários papéis no mesmo filme, utilizando vários tipos de maquiagem diferente.

Um clássico indispensável da Sessão da Tarde.


Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda dos Defensores de Atena (Saint Seiya: Shinku no shônen densetsu)

Lembro da primeira vez que assisti a esse filme, no cinema, naquelas salas que comportavam centenas de pessoas, lotada, anos depois do seu lançamento original. Foi a época em que Os Cavaleiros do Zodíaco eram uma febre no Brasil, influenciando toda uma geração, que ainda cultua o famoso anime de Masami Kuramada. A obra é uma das melhores já feitas para os Cavaleiros, narrando a história do renascimento de Abel, irmão de Atena, que reencarnou para punir os humanos por conta de suas blasfêmias. Tem tudo que o anime sempre teve: batalhas sangrentas, martírio, superação... mas com uma qualidade gráfica mais caprichada.


Fuga à Meia-Noite (Midnight Run)

Só assisti recentemente essa comédia com Robert De Niro (Touro Indomável) e Charles Godrin (Beethoven), graças ao catálogo da Netflix. É uma comédia bastante despretensiosa, em que um ex-policial - vivido por De Niro - se torna um caçador de recompensas e precisa levar um golpista - vivido por Goldrin - de Nova York para Los Angeles, sem que nada aconteça com o mesmo. É claro que muita coisa dá errado nesse trajeto.

Não chega a ser um grande filme, mas diverte em sua proposta, especialmente pela presença sempre marcante de Robert De Niro.



Mississipi em Chamas (Mississippi Burning)

Protagonizado por Gene Hackman (Operação França) e Willem Dafoe (Tudo Por Justiça), esse drama se passa em 1964 e narra a história de 2 agentes do FBI que vão investigar um caso de assassinato de 2 negros e 1 judeu no Estado do Mississipi, nos EUA, local onde o preconceito era (ainda é, mas em escala bem menor) tratado com ódio e violência por grande parte da população caucasiana. 

A obra se destaca pelo retrato histórico das atrocidades que eram cometidas no sul dos EUA, além das grandes atuações de Hackman e Dafoe. Venceu o Oscar de Melhor Fotografia e foi indicado em outras 6 categorias, incluindo Melhor Filme, porém acabou "derrotado" por Rain Man.

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