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Postado por
Daniel Oliveira
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The Forecast não foi um episódio impecável como os dois anteriores, mas manteve a média da temporada lá em cima. Mad Men se encaminha para um desfecho digno de sua importância, e isso é o que todo fã, como eu, poderia querer.
Após comentar a respeito na review passada, fiquei feliz de ver Betty ganhando mais espaço nesse episódio. Não contava, no entanto, com o retorno de Glen, que quase não reconheci a primeira vista, com um visual setentista bem diferente. E como de costume, o encontro foi bem "creepy" e repleto de tensão sexual, algo que deixou Sally visivelmente desconfortável. O encontro dos dois na cozinha foi surpreendente, e por um momento achei que Betty cederia ao desejo do rapaz. A ex senhora Draper é uma personagem fascinante, que nunca consegui decifrar totalmente, e talvez nunca consiga.
Como disse acima, também tivemos o retorno de Sally, cuja presença também é sempre gratificante. A garota é um retrato da juventude daquela época, e vermos seu crescimento e evolução desde a primeira temporada, quando ainda era uma menininha, é fascinante. Encaro a atriz, aliás, como uma boa revelação, espero vê-la em novos trabalhos após o término da série. Seu arco com Don sempre gera grandes momentos, e aqui não foi diferente, quando viu sua amiga flertando descaradamente com o pai.
Don, por sua vez, teve dois desafios nesse 7x10: vender seu apartamento e ter que lidar com um funcionário problemático. O primeiro obstáculo pareceu mais fácil, ainda que a dura corretora criticando a falta de mobilha de sua sala seja uma clara alusão a situação emocional atual de Draper. E o quão poético (e triste, de certa maneira) foi aquele final de episódio? "Agora precisamos achar um lugar para você.", disse a corretora, após praticamente expulsá-lo da própria residência.
Draper é um homem deslocado no tempo, vimos isso ao longo de sete temporadas. A frase que citei acima reforça isso, assim como a imagem que alguns funcionários da agencia tem do chefe, reforçados pela figura de John Mathis, que após encarar erroneamente os conselhos de nosso protagonista, surtou, e acabou demitido. Fico sempre com dó das secretárias, que são constantemente expulsas das salas com rispidez, toda vez que alguém entra para tratar algum assunto mais "importante". Uma forma sutil e eficaz de retratar o machismo que ainda imperava na época.
O ponto fraco desse The Forecast, para mim, foi a subtrama com Joan. Apesar do relacionamento retratado ser absolutamente plausível, acabou não soando verossimilhante o suficiente, tamanha a rapidez com que tudo foi acontecendo. Sabemos da fragilidade emocional e da possível frustração de Joan em ser mãe solteira e não conseguir constituir uma família, ainda que o sucesso profissional a baste no momento, mas mesmo assim achei tudo muito "jogado", não condizendo com o esmero narrativo que Mad Men sempre mostrou como diferencial.
O ponto fraco desse The Forecast, para mim, foi a subtrama com Joan. Apesar do relacionamento retratado ser absolutamente plausível, acabou não soando verossimilhante o suficiente, tamanha a rapidez com que tudo foi acontecendo. Sabemos da fragilidade emocional e da possível frustração de Joan em ser mãe solteira e não conseguir constituir uma família, ainda que o sucesso profissional a baste no momento, mas mesmo assim achei tudo muito "jogado", não condizendo com o esmero narrativo que Mad Men sempre mostrou como diferencial.
Ao menos valeu pela participação do sempre ótimo Bruce Greenwood. Até semana que vem!
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