CCXP 2016 | Vivendo o épico


Olha “nóis” aqui outra vez! Daniel Oliveira, CEO, mestre Jedi e dono desse site me convidou para cobrir, juntamente com ele, a Comic Con Experience 2016 e fiquei muito honrado e feliz pelo convite, porque mostra que a cobertura do evento no ano passado foi ótima. Em 2015 já tínhamos ido na quinta e na sexta, mas em 2016 fomos nos quatro dias! Haja perna! Para uma melhor cobertura, decidimos alternar os dias: na quinta e no sábado eu iria cobrir os painéis do auditório Cinemark (Daniel iria na sexta e no domingo) e na sexta e domingo iria andar pela feira, ver os estandes, os cosplays e por aí vai. Essa matéria é sobre o primeiro dia de painéis da CCXP 2016!

Tudo começou quanto acordei... abri os olhos, levantei, lavei a cara, escovei os dentes e... ah, isso não é relevante. Pulando. Quando cheguei no metrô Jabaquara para pegar a integração que iria até o evento a primeira surpresa: o transporte era público. Vi que acabou sendo a melhor opção pois eram rápidos e você poderia ir em pé (o que encurtava e muito as filas). Senti muita falta deles no sábado e no domingo (voltaram a serem os fretados, que comportavam menos gente, aka filas intermináveis).

Chegando lá um problema apareceu: as informações desconexas e erradas do pessoal de rosinha (pessoas que estavam designadas a darem as informações para o público e a auxiliar em qualquer dúvida). Primeiro segui o fluxo, entrei na fila da imprensa como solicitado e fiquei esperando na porta de entrada exclusiva nossa... até saber que não poderia entrar lá, caso fosse pro auditório do Cinemark. Pensei “QUE?”. O rapaz me disse, com um tom de voz nada educado, que eu deveria voltar pro bolsão e achar uma fila que entrasse lá. Daí eu voltei perguntando para todos os rosinhas e eles todos confusos, sem saber o que fazer e me responder, até um deles me dizer que realmente havia uma fila exclusiva para a entrada do auditório, na qual me mostrou. A sorte é que tudo isso rolou na quinta-feira, num dia muito mais calmo que sábado ou domingo, mas poderia resultar na perca da cobertura do painel. A melhor coisa dessa confusão toda foi ter tido a oportunidade de conhecer a Cínthia do canal É Série Isso?, o primeiro de muitos encontros com pessoas queridas e que só conhecia via internet.


Depois dessa pequena saga, enfim, adentrei ao auditório e admito que fiquei impressionado com o tamanho da "criança". Era bem maior que o do ano passado (de 2.500 para 3.500 lugares). Sentei na frente, um pouco para o lado direito, num bom local para ver os convidados e tirar boas fotos (aka tava tudo lotado e era o que tinha pra sentar). Vamos ao resumão dos painéis.

A abertura foi com Renato Aragão, mais conhecido como Didi, dos Trapalhões. Ele foi o homenageado do ano da CCXP. Sua carreira foi revisitada com vídeos e imagens de cenas dele com os outros membros do grupo (Dedé, Mussum e Zacarias). Renato disse que sua grande inspiração no começo foi Oscarito e que o dia que o conheceu foi um dos mais felizes de sua vida. Disse também que uma das melhores pessoas que já filmaram com ele foi Pelé (pelo visto foi de personalidade, porque no quesito atuação...). Nesse momento foi exibido um trecho do novo filme do ator/produtor: Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood, uma sequência de um dos melhores filmes protagonizados pela trupe atrapalhada. Logo depois o nosso querido Didi foi aclamado pela plateia e se emocionou. Ele espera atingir o mesmo sucesso que o filme original fez em 1981. Também relembrou como conheceu cada um dos integrantes dos trapalhões, também falou sobre Tião Macalé e Roberto Guilherme (que também estará no novo filme). Falou de como foi subir no Cristo Redentor e sobre o projeto dos "novos trapalhões". Explicou que não seria uma troca, mas uma espécie de homenagem e “imitação” dos personagens clássicos. O painel foi encerrado com Renato novamente aclamado e chorando mais uma vez. Confesso que esperei ansiosamente pela história do céu e do pão. Não rolou. 

Em seguida veio o painel da DC Comics. Os presentes foram Ivan Reis, Joe Padro, Robson Rocha, Yanick Paquette, Will Conrad e Rafael Albuquerque. Eles divulgaram diversos lançamentos que estão por vir como Justice League vs Suicide Squad, Justice League of America: Rebirth, Batgirl (com arte de Alburquerque), Cyborg, Detective Comics e Wonder Woman: Earh One. Rafael Albuquerque disse o quão desafiador é desenhar a Batgirl e explicando que deixou as cores num tom mais leve de modo intencional. Disse que adorou trabalhar com Hope Alison. Alias, Rafael foi o responsável pela a arte do pôster oficial da Comic Con Experience 2016. Se você ainda não viu, veja abaixo.

Logo depois veio o painel sobre Cavaleiro das Trevas III: A Raça Superior, com Frank Miller, que cumpriu sua promessa de voltar ao Brasil, feita no ano passado. Com ele estava seu co-roteirista Brian Azzarello.

Ainda que tenha sido sido um painel interessante, afinal, Frank FUCKING Miller estava bem ali, na nossa frente, eu gostei mais de sua visita em 2015, graças a dinâmica e interação com o público, algo que que não aconteceu em 2016. Como superar Frank Miller indo consolar seu fã depois do mesmo se emocionar e não conseguir nem dizer algumas palavras perante seu ídolo? As respostas curtas de Azzarello também não ajudaram, bem vago em determinadas perguntas. Acabamos não tendo muitas informações sobre esse novo Cavaleiro das Trevas, pois estavam com medo de soltarem spoilers do conteúdo.

O próximo painel foi o da Paramount Pictures, mas antes de iniciar, algo curioso aconteceu: milhares de adolescentes (certo, foram apenas 4) sentaram bem atrás de onde estava. Quando olho para trás, tremi na base: todas estavam com uma fita na cabeça escrito “Love You Nina”. Já pensei na gritaria que ouviria na hora que ela adentrasse ao palco e na surdez que provavelmente adquiririaa logo depois.

A primeira apresentação foi de Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell (esse nome nacional é tão estranho!), com uma cena exclusiva para a CCXP, apresentada por ela. Sim, ela mesma! Scarlett Johansson! Apenas em vídeo, o que foi uma pena... mandou beijos ao Brasil. O trecho exibido foi a abertura do filme, com a Major sendo criada e, devo dizer, está espetacular! Depois o pessoal do Omelete mostrou detalhes do set do longa, na viagem que fizeram ao Japão à convite da produtora. Depois tivemos mais uma cena com o personagem Aramaki, que depois de matar diversas pessoas que tentaram fazer o mesmo com ele, diz: “Não enviem um coelho para matar uma raposa”. Poético.

Em seguida tivemos a exibição de um trailer de Transformers, anunciando mais de 500 filmes (mentira, são 3, por enquanto) e o anúncio de que veríamos 20 minutos do novo Triplo xXx! O começo até que é bem interessante e engraçado, vemos que o agente Gibbons está atrás de um novo agente e acaba indo atrás de... Neymar. Sim, isso mesmo que você leu. O início é bem frenético, nesses 20 minutos basicamente vimos Neymar, os antagonistas (com Don Yen incluso, esse cara luta muito) e Vin Diesel protagonizando aquelas cenas de ação impossíveis, típicas desse filme. Afinal, como esquiar no meio de uma floresta, depois de pegar algo que parecia uma bomba (mas era uma bateria para que o pessoal assistisse o jogo Brasil x Alemanha na semifinal da copa do mundo? Sim, foi exatamente esse jogo que foi exibido quando Xander Cage arrumou a "parada" para a população do vilarejo. Estava 0 x 0. Éramos felizes até então.


Logo depois, enfim tivemos Vin Diesel, Nina Dobrev e Michael Bisping no palco e começou a gritaria aguda em meu ouvido. Quase fiquei surdo, de verdade. As meninas realmente amam a Nina. Foi algo bem prático, Vin disse coisas de praxe como “amei fazer esse filme”, “o elenco é maravilhoso”, “eu me diverti muito”, assim como os outros atores. É claro que Vin dizia que amava o Brasil sempre que podia. Até Kleber Bambam estava presente para ver seu ídolo frente à frente. BIIIIRLLL! Essa informação não foi relevante, mas tudo bem.

Millenium Falcon: Recriando um Ícone foi o painel seguinte, onde mostrearam o processo árduo de recriar essa nave ícone da cultura pop/nerd, com imagens e cenas de making of de Star Wars: O Despertar da Força.

O último painel da noite foi o mais aguardado por mim, afinal, NATALIE DORMER ESTAVA CHEGANDO GENTE! PODERIA SER A MINHA PRIMEIRA E ÚLTIMA OPORTUNIDADE DE VÊ-LA (spoiler: não foi). Primeiramente foi mostrado o processo de storyboard e artes conceituais de Game of Thrones, com Will Simpsons. Um senhor bem simpático, aliás. Me identifiquei com ele por também ser desmemoriado e não lembrar de nada do que fiz anteriormente e sempre ficar perguntando “como foi isso mesmo?”. Depois foi mostrado a Pixomundo, encarregada dos efeitos especiais em GoT. Foram mostradas diversas cenas da criação dos dragões na série, mostrando suas inspirações (de Matador de Dragões à Jurassic Park), além do making of de todas as cenas em que as criaturas aparecem na 6° temporada.

E então havia chego o momento. NATALIE DORMER ADENTROU AO PALCO COMO UMA RAINHA! SIM, TO ESCREVENDO COM CAIXA ALTA PORQUE EU GRITEI DEMAIS NESSE MOMENTO. Foi aí que entendi as Nina's Lovers. Desculmpem por tê-las julgado. Pronto, já parei de gritar.

Natalie é sublime. Linda, simpática, tem um olhar arrebatador (que te encara e você fica até travado), uma risada apaixonante e... eu já disse linda? Foi abordada a participação dela na série, de como saiu de fã para atriz em GoT, como reagiu à sua morte quando soube no roteiro, etc. Também falou sobre a sua cena preferida da série, respondida com “LOOK! THE PIE!” (entendedores entenderão). Disse que o que mais quer na série é ver Cersei se dando mal, claro, de preferência com a Rainha dos Espinhos o fazendo. Abordou também o feminismo, falando de equidade entre homens e mulheres:

“A mudança está acontecendo. Há uma evolução. Um ser humano é um ser humano. Não interessa se tem vagina ou pênis.”

No momento Natalie Dormer está procurando novos oportunidades de trabalho, que contem boas histórias, reafirmando de que elas estão todas vindo da TV atualmente, mas que está aberta a fazer teatro e cinema. Obviamente amei o painel, o amor da minha vida estava ali! Saiu com um efusivo aplauso dos presentes. E assim terminava o primeiro dia de CCXP. Na próxima matéria falarei sobre o 2° dia: estandes, cosplays, armaduras de ouro e meus encontros com Natalie e Milla!

P.S: Queria agradecer a Pamela Santos por ter me ajudado na recarga da bateria, sem isso não teria conseguido tirar as fotos para a cobertura. Obrigado mais uma vez, Pam!

 

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