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Cesar Augusto Mota
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Direção: Fatih Akin
Roteiro: Fatih Akin
Elenco: Diane Kruger, Numan Acar, Denis Moschitto, entre outros
Origem: Alemanha / França
Ano: 2017
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Há poucas semanas tomamos conhecimento dos 91 filmes que tentarão a vaga no Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro, entre eles consta este representante do cinema alemão, que chega credenciado pelo prêmio de melhor atriz entregue para Diane Kruger (Bastardos Inglórios) no Festival de Cannes. Em Pedaços é um longa-metragem que trata de questões como o radicalismo, o terrorismo, política e os diversos estágios do luto, este último como principal foco do diretor Fatih Akin (Do Outro Lado).
Katja Sekerci (Kruger) é casada com o ex-traficante Nuri (Numan Acar) e os dois abrem seu próprio negócio, em um escritório localizado em um bairro de origem turca. Um dia, Katja deixa o filho Rocco, de 6 anos, no escritório do marido e horas mais tarde é surpreendida com a notícia de um atentado à bomba, vitimando sua família. A partir daí começa uma longa saga, de muita angústia, sofrimento e luta por justiça.
O roteiro fragmenta a obra em três capítulos, intitulados: "Família", "Justiça" e "O Mar". Cada um desses capítulos têm desenvolvimento adequado, trazendo curiosidade ao espectador, de forma que, cada um deles oferece elementos que serão importantes e que podem influenciar no desfecho da história.
Além da busca por provas que incriminem um casal suspeito e envolvido com um grupo de origem nazista, o trabalho dos advogados de acusação e defesa ganham um importante destaque, além da testemunha de acusação, Katja. Suas atitudes e decisões ditam o ritmo do enredo e a cada segmento ficamos ansiosos para o que pode ou não acontecer com a protagonista, e se ela conseguirá obter justiça e a condenação dos acusados.
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Crédito: Imovision |
Além da busca por provas que incriminem um casal suspeito e envolvido com um grupo de origem nazista, o trabalho dos advogados de acusação e defesa ganham um importante destaque, além da testemunha de acusação, Katja. Suas atitudes e decisões ditam o ritmo do enredo e a cada segmento ficamos ansiosos para o que pode ou não acontecer com a protagonista, e se ela conseguirá obter justiça e a condenação dos acusados.
Diane Krueger realmente se destaca, não pelo protagonismo em si, mas pelo seu alcance dramático. Trata-se de uma atuação emotiva, visceral, além da química que constrói com os outros personagens, como o marido, o filho e o advogado Danilo Fava (Denis Moschitto). Os sentimentos de Katja são transmitidos ao espectador, que consegue ser inserido na história, de certa forma. A direção opta pela utilização de ângulos fechados, explorando as emoções da protagonista.
Outra recurso interessante de Akin é a câmera que passeia em primeiro pessoa, mudando para terceira pessoa subitamente, causando incômodo proposital ao espectador. A montagem também faz um trabalho competente, fazendo uma boa transição entre o atentado, a investigação, o julgamento e o desfecho da trama. Tudo ocorre de maneira sistemática, prendendo a atenção do público.
Outra recurso interessante de Akin é a câmera que passeia em primeiro pessoa, mudando para terceira pessoa subitamente, causando incômodo proposital ao espectador. A montagem também faz um trabalho competente, fazendo uma boa transição entre o atentado, a investigação, o julgamento e o desfecho da trama. Tudo ocorre de maneira sistemática, prendendo a atenção do público.
Incômodo, emotivo, vibrante, impactante e com temas atuais e presentes em nosso cotidiano, como o fanatismo, o preconceito e a intolerância, Em Pedaços é um drama que comoverá a audiência, retratando a vida de uma mulher com o coração estilhaçado e disposta a tudo.
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Ótimo |
Cesar Augusto Mota
Críticas
Denis Moschitto
Diane Kruger
Em Pedaços
Fatih Alin
Festival do Rio
Festival do Rio 2017
Numan Acar
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