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Postado por
Daniel Oliveira
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Direção: David Slade
Roteiro: Charlie Brooker
Elenco: Maxine Peake, Jake Davies e Clint Dyer
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Metalhead, o quinto episódio da quarta temporada de Black Mirror, tem sido considerado por muitos o mais "fraco" entre os seis. E é fácil entender o motivo de tanta crítica negativa, pois trata-se de um capítulo que pouco utiliza da identidade estabelecida pela produção ao longo dos anos, bem como sofre com um roteiro bem abaixo do que estamos acostumados, ainda que hajam alguns conceitos interessantes.
Na trama, somos apresentados a Bella (Maxine Peake), Anthony (Clint Dyer) e Clarke (Jake Davies), personagens dos quais não recebemos muitas informações, apenas o vemos dirigindo rumo a um galpão aparentemente abandonado, onde eles vão buscar algo que também não sabemos o que é. Ao chegar no local, enquanto Bella e Anthony entram no galpão, Clarke fica do lado de fora, tentando dar a partida em uma van abandonada. Quando localizam o que procuravam em uma caixa de prateleira superior, Anthony é surpreendido com um robô aparentemente adormecido, e é aí que nossa história começa.
Metalhead é, basicamente, uma história de gato e rato. Os humanos são caçados por essas máquinas que parecem insetos do tamanho de cachorros, altamente armadas e tecnológicas, cuja a única função é localizar e exterminar as pessoas. O mundo, que é retratado com abandono, parece ter tido quase a totalidade de sua população exterminada por esses robôs. E então vemos a morte de Anthony e a fuga desenfreada de Bella e Clarke.
Foto: Jonathan Prime / Netflix |
Sendo bem sincero, não acho o episódio ruim. A escolha por uma fotografia em preto e branco é acertada, e dá um tom melancólico, ressaltando a solidão de Bella em sua fuga por locais tão inabitados. As escolhas de figurino e design ajudam nessa composição, sempre destacando um tom acinzentado, metálico, que condiz com o título do capítulo.
Outro ponto interessante é o design dos robôs, que soam criativos e diferentes de muita coisa que já vimos em ficção científica. A forma como eles caçam os humanos, bem como as armas que utilizam, soam óbvias, mas extremamente eficazes e amedrontadoras. Além disso, a fotografia utilizada ajuda em tornar as máquinas críveis, diminuindo qualquer estranheza que normalmente os efeitos digitais causam.
No fim, Metalhead é um episódio interessante, com boas escolhas e cenas bem dirigidas, mas que deixa a desejar por não trazer um roteiro que permita uma discussão aprofundada, como Black Mirror costuma fazer em seu melhor.
Bom |
Foto: Jonathan Price / Netflix |
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