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Postado por
Nathalia Bottino
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Em 2018 a Marvel Studios completa 10 anos de seu universo compartilhado. Uma década desde o lançamento do primeiro filme do Homem de Ferro (2008), um marco para os filmes de heróis como os conhecemos hoje. E essa celebração não poderia começar de forma melhor, se não com o lançamento de Pantera Negra (Black Panther), um filme que impressiona em vários aspectos e cumpre o seu papel com perfeição, trazendo representatividade, maturidade e um tom político importantíssimo para a sociedade atual.
O longa abre com a representação do surgimento de Wakanda, país africano fictício que, após a queda de um meteorito repleto de vibranium, viu seu povo e tecnologia avançar consideravelmente, escondidos do restante do mundo. Através da devoção ao Pantera Negra, que seria um dos deuses para qual o povo de Wakanda é devoto, as cinco tribos naturais do país entraram em acordo para conviver em harmonia.
A trama se passa uma semana após Capitão América: Guerra Civil, com a morte do Rei T'Chaka (John Kani) e o consequente retorno do principe T’Challa (Chadwick Boseman) a Wakanda, para herdar o trono que foi de seu pai.
Mesmo se passando num país fictício e tratando-se de um universo de super-heróis, a identificação com elementos da vida real é inevitável e essencial ao roteiro de Ryan Coogler (Creed: Nascido Para Lutar) e Joe Robert Cole (American Crime Story), que preza por diálogos profundos e calcados na realidade. Temas como preconceito, guerras e diferenças sociais são tratados ao longo de todo o filme, em uma espécie de crítica social que nos insere diretamente na história que está sendo contada. As motivações do vilão Erik Killmonger (Michael B. Jordan), por exemplo, são facilmente comparáveis com a visão de alguns governantes atuais.
E que gratificante é viver em uma época em que o cinema blockbuster valoriza o protagonismo da cultura negra, dos figurinos aos dialetos, a música, os cenários - que me fizeram lembrar muito de O Rei Leão -, além de colocar as mulheres em posições relevantes no enredo. Todas as personagens femininas de Pantera Negra fazem a diferença na ação e não estão ali apenas para ser a cota de "rostinho bonito”.
É notável, por exemplo, como o protagonista está rodeado de figuras femininas que exercem papel fundamental em sua vida: Okoye (Danai Gurira), a general do exército das Dora Milaje; a princesa Shuri (Letitia Wright), que deixa o Jarvis de Tony Stark no chinelo, pois é a responsável por toda tecnologia desenvolvida em Wakanda; Nakia (Lupita Nyong'o), a mocinha que não tem nada de mocinha, pois além de ter habilidades de batalha, ainda consegue “travar” o coração de T'Challa no meio de brigas intensas. E, por último, mas não menos importante, a Rainha Ramonda (Angela Bassett), que é uma sacerdotisa experiente, mãe do protagonista e de onde ele herdou toda sua força.
Se tem algo que não se pode botar defeito é o elenco desse filme. Chadwick Boseman (Marshall) é um protagonista natural e que conquista o público sem esforço. Michael B. Jordan (Friday Night Lights) é envolvente desde o primeiro momento em tela. Forest Whitaker (Rogue One: Uma História Star Wars), Daniel Kaluuya (Corra!), Sterling K. Brown (This Is Us), Martin Freeman (Fargo) e Andy Serkis (Planeta dos Macacos: A Guerra) completam esse talentoso grupo de atores, que parecem extremamente comprometidos coma história que está sendo contada e a mensagem que está sendo passada.
Para encerrar, vale citar a ótima trilha-sonora produzida por Kendrick Lamar, que dá o tom que o longa necessita: corajoso, intenso e africano. Com muito orgulho, Pantera Negra.
Excelente |
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Críticas
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Daniel Kaluuya
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Nathalia Bottino
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