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Postado por
Rafael da Fonte de Hires
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Quem diria que em tão pouco tempo Ethan Hunt (Tom Cruise) se consagraria como um dos espiões mais lembrados da história do cinema. Com filmes completamente diferentes em abordagem, a franquia Missão: Impossível conseguiu uma façanha que poucos obras atingem: ser cativante e envolvente a cada nova continuação. O que nos traz a Missão: Impossível 3 (Mission: Impossible III, 2006), dirigido pelo agora consolidado J.J. Abrams (Star Wars: O Despertar da Força).
Logo na primeira cena somos colocados em uma situação de vida ou morte, com Hunt preso a uma cadeira ao lado de sua esposa, Julia (Michelle Monaghan) - algo surpreendente por si só -, enquanto lida com Owen Davian (Phillip Seymour Hoffman), um traficante de armas inescrupuloso. O vilão da vez ameaça matar a mulher se o agente não contar a localização do "Pé de Coelho" e então temos a tradicional cena de abertura da franquia.
Somos levados para algum tempo no passado e vemos um Hunt aposentado receber um chamado para resgatar uma agente que fora sua aluna. O herói cumpre sua missão, mas não consegue impedir que ela morra, já que Owen detonou uma micro bomba que estava alojada em sua cabeça. A partir daí o protagonista parte em uma nova missão atrás do vilão e do pé de coelho, sem saber que sua esposa seria envolvida. Ao lado dele somos apresentados a uma nova equipe, formada pelo bom e velho Luther (Ving Rhames), Zhen (Maggie Q) e Declan (Jonathan Rhys Meyers), além da introdução de Benji (Simon Pegg), personagem que marcaria todas as continuações da franquia dali para frente.
Somos levados para algum tempo no passado e vemos um Hunt aposentado receber um chamado para resgatar uma agente que fora sua aluna. O herói cumpre sua missão, mas não consegue impedir que ela morra, já que Owen detonou uma micro bomba que estava alojada em sua cabeça. A partir daí o protagonista parte em uma nova missão atrás do vilão e do pé de coelho, sem saber que sua esposa seria envolvida. Ao lado dele somos apresentados a uma nova equipe, formada pelo bom e velho Luther (Ving Rhames), Zhen (Maggie Q) e Declan (Jonathan Rhys Meyers), além da introdução de Benji (Simon Pegg), personagem que marcaria todas as continuações da franquia dali para frente.
Foto: Paramount Pictures |
O roteiro resgata vários elementos do primeiro filme, como o clássico jogo de gato e rato com direitos a reviravoltas inesperadas, ao mesmo tempo em que amplia o escopo das cenas de ação, a fim de impressionar o espectador. Além disso, ao envolver Hunt em uma jornada pessoal, a trama traz uma urgência singular a narrativa, fazendo com que o protagonista muitas vezes haja de forma emocional e irresponsável na tentativa de salvar a esposa, algo que não havíamos visto até aqui.
Aqui J.J. Abrams, em sua primeira direção de longa-metragem, estabelece a estética visual que ficaria marcada em várias de suas obras, como o uso do "lens flare", brilhos de luzes ofuscantes que tomam a tela em diversos momentos. Não é algo que chega a incomodar o espectador, mas traz uma singularidade visual ao filme em meio aos demais capítulos da franquia. Abrams também aposta em enquadramentos e movimentos de câmera inventivos, como o zigue zague em uma das cenas em que Hunt está amarrado e amordaçado, antecipando uma briga de proporções épicas.
As cenas de ação são boas e cada embate é bem construída, no entanto, diferente dos longas anteriores em que Tom Cruise (Rain Man) brilhava praticamente sozinho, aqui a obra ganha força quando vemos a equipe trabalhando em conjunto. Isso evidencia o fato de não termos uma grande cena que marca o filme, como houve nos anteriores. É claro que vemos Cruise realizar façanhas quase inimagináveis, como quando salta de um prédio de 200 andares em queda livre, mas nada tão marcante quanto a cena do disquete em M:I ou o escalar de rochas de M:I 2.
As cenas de ação são boas e cada embate é bem construída, no entanto, diferente dos longas anteriores em que Tom Cruise (Rain Man) brilhava praticamente sozinho, aqui a obra ganha força quando vemos a equipe trabalhando em conjunto. Isso evidencia o fato de não termos uma grande cena que marca o filme, como houve nos anteriores. É claro que vemos Cruise realizar façanhas quase inimagináveis, como quando salta de um prédio de 200 andares em queda livre, mas nada tão marcante quanto a cena do disquete em M:I ou o escalar de rochas de M:I 2.
Como disse antes, a premissa permite vermos um protagonista mais humanizado o que permite a Cruise explorar camadas ainda não mostradas de seu personagem, o que é sempre bom para qualquer franquia cinematográfica. Por outro lado, o restante do elenco não ganha grande desenvolvimento. Ving Rhames (Senhor do Crime) continua falastrão como sempre, Maggie Q (Duro de Matar 4.0) é explorada apenas por seus atributos físicos (o que é uma pena) e Jonathan Rhys Meyers (Ponto Final: Match Point) pouco tem a acrescentar. Exceções feitas a Michelle Monaghan (Contra o Tempo), que vai além de mero interesse amoroso; Simon Pegg (Star Trek: Sem Fronteiras) que esbanja carisma; e claro, Phillip Seymour Hoffman (O Mestre) que parece se divertir ao encarnar um vilão sádico, implacável e imponente.
Missão: Impossível 3 é um filme divertido, que ousa ao tentar ir além de um "filme pipoca", especialmente quando arranha críticas ao comportamento do exército norte-americano no Oriente Médio, sem ir na raiz do problema. Soa pretensioso, menos exagerado que o capítulo anterior, mas mantendo o ritmo frenético característico da franquia.
Bom |
Críticas
J.J. Abrams
Jonathan Rhys Meyers
Maggie Q
Michelle Monaghan
Missão Impossível
Missão: Impossível 3
Philip Seymour Hoffman
Rafael da Fonte de Hires
Simon Pegg
Tom Cruise
Ving Rhames
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