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Postado por
Rafael Oliveira Reis
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Barry é uma “dramédia” criada por Alec Berg (Silicon Valley) e Bill Hader (South Park), e exibida pela HBO. Diferentemente de todas as outras produções do canal, a série sofreu com pouquíssima divulgação, passando despercebida por boa parte do público. No entanto, o legado de boas séries do canal permanece afiado, não a toa a produção foi indicada em 7 categorias do Emmy deste ano.
A trama conta a história de Barry (Bill Hader), um ex fuzileiro naval que agora é um assassino de aluguel. Vivendo uma vida solitária e até mesmo depressiva, o protagonista tenta encontrar uma nova realidade para si. Logo nos primeiros episódios, essa personalidade é bem explorada, com o personagem ficando apenas dentro de casa, jogando vídeo-game, comendo porcarias e saindo só para trabalhar, não se socializando com ninguém. Ele possui um agente, Fuches (Stephen Root), que por meio de seus contatos (gangues rivais), sempre consegue alvos para que o assassino entre em ação. Um deles acaba sendo um aluno de teatro, no qual Barry passa a frequentar para melhor compreender a rotina daquele que seria uma presa fácil. Com isso, ele se deslumbra pelo mundo que o cerca e enxerga ali, uma possível mudança a sua vida.
O desenvolvimento da história acontece a medida em que Barry se conecta com o teatro. Lá, ele conhece Gene Cousineau (Henry Winkler), seu professor de atuação, que começa a mudar de alguma forma as ideias do protagonista com relação a vida, criando indiretamente uma auto análise do mesmo. A série também se sustenta no breve relacionamento de Barry com a estudante Sally Reed (Sarah Goldberg), uma simpática mulher que o transforma de diversas maneiras. Com ela, descobre que “namoros” são mais difíceis do que pensara, e que nem tudo é movido de acordo com seu próprio pensamento.
Foto: HBO |
O que mais me agrada em Barry é a atuação de Bill Hader, que se encaixa perfeitamente com a proposta. É possível ver nele toda a confusão que o personagem vivencia e as dúvidas sobre prosseguir com a sua vida no teatro, na possível virada de página que sua vida precisa. O teatro faz bem a Barry, visto que todas as suas decisões estão atreladas as aulas que assiste. Seus pensamentos em um futuro ilusório configuram a mudança que vivencia, guiando seus “filhos” para que não cometam os mesmos erros que ele. Nesse ponto, é interessante observar como as pessoas lidam com o teatro e como isso pode melhorar suas próprias vidas. Recitar peças importantes e personagens complexos muda a percepção das pessoas, e esse processo de espera e paciência é muito bem construido pela série.
Além disso, a comédia é um prato cheio pra quem gosta de humor negro, sendo também um serviço aos amantes de cinema. Em várias ocasiões são feitas referências a filmes, o que valoriza a narrativa e a criatividade das situações criadas. E apesar do viés bem humorado, o drama também é desenvolvido de forma eficiente, com momentos que revelam a verdadeira persona de Barry, especialmente nos capítulos 6 e 7. Ao mesmo tempo em que vivencia um conto de fadas, o personagem faz coisas inimagináveis, e tudo se mostra crível graças ao trabalho de Hader.
Além disso, a comédia é um prato cheio pra quem gosta de humor negro, sendo também um serviço aos amantes de cinema. Em várias ocasiões são feitas referências a filmes, o que valoriza a narrativa e a criatividade das situações criadas. E apesar do viés bem humorado, o drama também é desenvolvido de forma eficiente, com momentos que revelam a verdadeira persona de Barry, especialmente nos capítulos 6 e 7. Ao mesmo tempo em que vivencia um conto de fadas, o personagem faz coisas inimagináveis, e tudo se mostra crível graças ao trabalho de Hader.
A primeira temporada de Barry possui 8 episódios de 30 minutos cada, que podem facilmente ser assistidos em uma tacada só. A série já foi renovada para a segunda temporada e é uma ótima pedida para que gosta de histórias bem humoradas que sabem sabem dosar boas cenas dramáticas.
Ótimo |
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