CRÍTICA | 22 Milhas

Direção: Peter Berg
Roteiro: Lea Carpenter
Elenco: Mark Wahlberg, Laura Cohan, John Malkovich, Ronda Rousey, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2018


A parceria entre o ator Mark Wahlberg (O Vencedor) e o diretor Peter Berg (O Reino) tem se mostrado bem sucedida e parece longe de terminar. Eles que já trabalharam juntos em O Grande Herói (2013), Horizonte Profundo: Desastre no Golfo (2016) e O Dia do Atentado (2016), repetem a dose agora neste 22 Milhas (Mile 22), o típico filme de ação e estratégia que prende a atenção do espectador do início ao fim, sem abrir mão de fazer críticas sociais que te fazem pensar para quem devemos torcer afinal.

James Silva (Wahlberg) é um agente especial da CIA um tanto bipolar, por assim dizer, que age para evitar atentados terroristas. Após intensas investigações ele consegue informações que o levam a Li Noor (Iko Uwais), um policial paquistanês que diz ser um agente duplo que possui a senha de um disco rígido capaz de liberar arma química. A condição para que ele entregue a valiosa informação é sua imigração com para os Estados Unidos, algo que não será nada simples para Silva, que precisará percorrer 22 milhas de território hostil para levar Noor em segurança até o aeroporto.

O primeiro ato se mostra bastante cansativo, de ritmo lento e diálogos longos e um pouco irritantes. No entanto, ganha ritmo a partir de sua metade, apresentando momentos de drama psicológicos bem construídos envolto por toda a ação que se passa em tela. Um reflexo dessa premissa é a personagem de Lauren Cohan (The Walking Dead), uma agente especial fria e calculista, mas que demonstra seu lado sensível e materno em determinados momentos.

Foto: Diamond Films

Outro aspecto positivo do longa são as coreografias de ação, que soam bastante verossímeis, especialmente nos momentos mais inusitados, quando os personagens se encontram sem saída e precisam utilizar do que encontrarem pela frente para sobreviver. Garfos, vidros e muito mais coisas viram armas nas mãos do protagonistas.

Vale destacar também o trabalho de Iko Uwais (Operação Invasão), que vive Li Noor, especialmente por conta de suas coreografias de luta, que me fizeram lembrar muito de Jackie Chan, conhecido por sua arte marcial e por não utilizar dublês em cena.

No fim, 22 Milhas se mostra uma longa-metragem competente, bem construído e surpreendente em seus momentos derradeiros. O tipo de obra que te deixa sem fôlego, uma verdadeira batalha contra o tempo. Mas vale citar que o filme é extremamente violento, ou seja, se você tem estômago fraco ou não gosta desse tipo de premissa, talvez seja melhor passar a vez. Agora, se esse é seu tipo de longa, pode assistir sem medo de errar.

Foto: Diamond Films


Ótimo

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