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Postado por
Cibele Pixinine
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Nova história, mesma fórmula. A série francesa O Bosque (La Forêt), que entrou no catálogo da Netflix no mês de julho, apresenta uma trama capaz de prender muitas pessoas, mas escorrega ao trazer personagens mal construídos e uma quantidade exagerada de clichês do gênero de mistério e suspense. Mesmo assim, os seis episódios, lançados originalmente em 2017, renderam à série o prêmio no Festival Internacional de La Rochelle.
Ambientada em uma cidade no interior da França, cercada por uma densa floresta repleta de histórias macabras, a trama inicia com o desaparecimento de uma jovem, Jennifer (Isis Guillaume), que é logo encontrada morta no bosque. A investigação se complica quando duas amigas da garota também desaparecem misteriosamente, Océane (Inès Bailly) e Maya (Martha Canga Antonio). Tudo passa pela cabeça da polícia local, desde o rapto por um pedófilo até o envolvimento de algum serial killer. Como em toda cidade pequena, vários segredos começam a ser descobertos e todos dali, inclusive familiares das vítimas, parecem estar envolvidos.
O processo de investigação conta com a ajuda de Eve (Alexia Barlier), professora na escola da cidade. Sem dúvida, ela é a personagem mais interessante, mas infelizmente seu potencial não é aproveitado. Uma figura misteriosa, Eve foi adotada aos seis anos após ser encontrada totalmente sozinha na floresta. Sem nenhuma lembrança de sua primeira infância e com uma estranha relação com o bosque, a professora acaba ajudando (quase de forma sobrenatural) em momentos decisivos o trabalho dos detetives Virginie Musso (Suzanne Clément), que também é a mãe de Maya, e Gaspard Decker (Samuel Labarthe).
O ponto de alto de O Bosque é o uso correto de aspectos técnicos para criar o ambiente ideal para a história, é daí que vem a sensação de mistério e tensão constante que o espectador talvez sinta. A fotografia, os planos e a trilha sonora compõem, portanto, uma bela experiência visual e sensorial.
Além disso, o roteiro funciona para amarrar as duas histórias principais - a trama dos desaparecimentos e o passado desconhecido da professora - que, a princípio, parecem desconexas. Entretanto, a falta de atenção a personalidade e ao desenvolvimento dos personagens impede que eles sejam vistos como seres humanos reais.
Além disso, o roteiro funciona para amarrar as duas histórias principais - a trama dos desaparecimentos e o passado desconhecido da professora - que, a princípio, parecem desconexas. Entretanto, a falta de atenção a personalidade e ao desenvolvimento dos personagens impede que eles sejam vistos como seres humanos reais.
No fim das contas, O Bosque amarra todas as pontas soltas e resolve o enigma da trama, porém, sem nenhuma inovação ou ousadia. O antagonista da série é extremamente esquecível. São a ambientação perfeita e o visual chamativo, os verdadeiros motivos que prendem o público para assistir tudo do início ao fim.
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