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Postado por
Mariana Pereira
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Crimes hediondos, investigações e grandes julgamentos criminais costumam fascinar e intrigar as pessoas de alguma forma. A ação, adrenalina e paciência com que os temas costumam ser tratados acabaram por transforma-los em um subgênero próprio, conquistando inúmeros seguidores, da literatura às grande produções no cinema e na televisão.
Uma das produções que mais arrebataram o público nos últimos anos foi a série documental Making a Murderer, criada e dirigida por Moira Demos e Laura Ricciardi, e produzida pela gigante do streaming Netflix.
Dividida em dez episódios, a primeira parte foi lançada em 2016 e conta história de vida do vendedor de ferro velho Steven Avery. Morador do condado de Maniwotoc no estado do Wisconsin, ele foi preso por um crime que não cometeu, em meados dos anos 80. Depois de mais de 18 anos, Avery foi inocentado após resultados de exames de DNA no começo dos anos 2000. Na tentativa de reparar os anos que passou na cadeia, o mesmo moveu um processo contra o Estado norte-americano, exigindo uma indenização de mais de 36 milhões de dólares.
Dividida em dez episódios, a primeira parte foi lançada em 2016 e conta história de vida do vendedor de ferro velho Steven Avery. Morador do condado de Maniwotoc no estado do Wisconsin, ele foi preso por um crime que não cometeu, em meados dos anos 80. Depois de mais de 18 anos, Avery foi inocentado após resultados de exames de DNA no começo dos anos 2000. Na tentativa de reparar os anos que passou na cadeia, o mesmo moveu um processo contra o Estado norte-americano, exigindo uma indenização de mais de 36 milhões de dólares.
No entanto, em novembro de 2005, Steven foi preso novamente, dessa vez junto de seu sobrinho, Brendan Dassey. Ambos foram acusados de assassinar a fotografa Teresa Halbach. Dessa forma se inicia um longo e tortuoso processo de investigação, na tentativa de comprovar se tio e sobrinho, de fato, cometeram tal crime.
A produção reúne mais de 13 anos de filmagens, se utilizando de imagens de documentos, processos e reportagem da época. Com o material as realizadoras revelam uma faceta pouco explorada nos Estados Unidos: a imparcialidade do sistema judicial norte-americano. Trata-se de um sistema baseado no Common Law, onde os costumes e a jurisdição local prevalecem sob o sistema legislativo. A partir disso, a série questiona até que ponto a "isenção" do Estado, a equidade falha da imprensa e o ódio de uma comunidade contra uma família. podem afetar uma investigação tão série como a de um homicídio.
Criando um ambiente ambíguo e questionador desde seu título, Making a Murderer traz os julgamentos de Avery e Dassey em seus mínimos detalhes, desenvolvidos de forma lenta e gradual, se tornando muitas vezes maçantes e agoniantes. São nessas audiências que duas figuras se tornam peças chaves para todo o processo, os advogados de defesa de Steven Avery: Jeremy Buting e Dean Strang, que numa busca de uma agulha no palheiro tentam provar a inocência de seu cliente.
Houve preocupação por parte das realizadoras de mostrar os desafios e as dores que a família de Steven e Brandan enfrentam durante todo o processo, focando especialmente em Dolores, mãe e avó dos condenados, respectivamente. Ela é a pessoa que mais suporta, resiste e mantém a fé na inocência dos dois, apesar da condenação a prisão perpetua que ambos receberam.
A primeira parte de Making a Murderer recebeu do Sindicato dos Produtores da América o prêmio de Melhor Programa de Não-Ficção, além de ter sido renovada para uma segunda parte, que estreou recentemente na gigante do streaming. Em breve teremos a review.
Ótimo |
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Take me up to the top of world, I wanna see my crime.
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