CRÍTICA | 101 Dálmatas

Direção: Clyde Geronimi, Hamilton Luske e Wolfgang Reitherman
Roteiro: Bill Peet
Elenco: Rod Taylor, Betty Lou Gerson, Martha Wentworth, Ben Wright, entre outros
Origem: EUA
Ano: 1961

Muitos "au-aus" com suas manchinhas estão presentes nessa clássica animação Disney. 101 Dálmatas (One Hundred and One Dalmatians) situa sua história em Londres e é dirigida pelo trio Wolfgang Reitherman (Mogli: O Menino Lobo), Clyde Geronimi (As Aventuras de Peter Pan) e Hamilton Luske (Cinderela), cineastas responsáveis por diversos outros clássicos do estúdio.

Pongo (Rod Taylor) é um dálmata macho que vive no apartamento com seu dono Roger Dearly (Ben Wright), um compositor que passa o dia inteiro em seu piano tentando pensar em alguma melodia interessante. Roger apenas interrompe sua tarefa diária para passear com seu cão no parque, situado próximo à sua residência.

A história é narrada pelo ponto de vista de Pongo, dando início em uma tarde entediante, em que ele está deitado próximo à janela na sua “vida de solteiro” e, depois de tanto procurar, consegue avistar uma dálmata fêmea, tão atraente quanto a sua dona para Roger, que também não é compromissado. Logo, Pongo resolve dar um jeito de fazer seu dono leva-lo ao parque para forçar que o "destino” faça com que ambos conheçam suas futuras companheiras. E assim acontece o encontro dos "doguinhos".

Anita Radcliffe (Lisa Davis) é uma designer de moda, dona de Perdita (Cate Bauer). Ambas completaram a vida de seus parceiros e depois de um tempo, eles começaram a morar juntos.

Walt Disney Pictures

Depois de alguns meses, Pongo e Perdita tornam-se pais de 15 filhotinhos, porém, a família de cães são alvos dos olhos de Cruella Cruel (Betty Lou Gerson), que sonha em comprar os animais para transformá-los em casacos de luxo. Nem os humanos, tampouco os dálmatas, aceitam a ideia e fazem de tudo para impedir contato com Cruella.

Infelizmente, em um dia que Roger e Anita saem para passear com Pongo e Perdita, a casa é invadida por ladrões que levam os cãezinhos. Nesse momento, nos perguntamos aonde estarão os filhotes indefesos e a trama começa a ficar envolvente.

101 Dálmatas critica abertamente, já na década de 1960, a indústria da moda que utiliza da pele de animais, uma prática cruel que ainda é considerada um luxo para algumas grifes. A empatia dos donos pelos cães é evidente, fazendo com que o espectador questione até qual ponto um artigo de vestuário se torna valioso a partir do sofrimento de alguma criatura.

Vale mencionar também que a animação é uma adaptação de um romance da escritora inglesa Dodie Smith, publicado originalmente em 1956. Ganhou uma continuação em 2003 e teve mais duas versões live action, que trazian Glenn Close (A Esposa) no icônico papel de Cruella.

Walt Disney Pictures

101 Dálmatas é cativante. É quase impossível não se encher de amores pelos cãezinhos manchados. Londres nunca mais foi a mesma desde que Pongo e Perdita tiveram seus filhotinhos, trazendo muitos uivos e latidos à vizinhança britânica.

Excelente


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