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Postado por
Daniel Oliveira
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Já virou tradição, termina uma temporada de Doctor Who, cá estou eu para falar a respeito. E convenhamos, não foi uma temporada fácil, por mais que os whovians mais apaixonados pareçam relutantes em aceitar. E não me leve a mal aqui, eu mesmo sou um whovian apaixonado, mas tenho a sensatez de dizer quando as coisas não vão tão bem assim. Em sua 10ª temporada, o Doutor sofreu com roteiros medianos que não souberam explorar o potencial da série como um todo, empobrecendo esse que foi o ano de despedida de Peter Capaldi. Ainda assim há momentos bons, dos quais falarei a seguir.
Essa é a 10ª parte de uma série de posts que venho escrevendo desde que me tornei um whovian. Nela faço um balanço geral da temporada, abordando aspectos de roteiro, desenvolvimento de personagens, atuações, episódios favoritos, entre outros. Você pode conferir os textos das temporadas passadas clicando AQUI. E, é sempre bom dizer, haverão alguns spoilers abaixo, ok?
A era Capaldi está chegando ao fim, vocês já se deram conta disso? O episodio final do ator como Doutor será no vindouro especial de Natal, algo que certamente não será fácil para ninguém, especialmente para aqueles que já o tem como seu Doctor favorito.
É inegável a qualidade de sua interpretação e a evolução que o personagem sofreu da 8ª temporada até aqui, justamente um dos motivos que me fizeram ficar decepcionado com esse 10º ano. Era como se os roteiros não tivessem conseguido acompanhar a genialidade de Capaldi que, convenhamos, "fez chover" com o material pouco inspirado que recebeu.
O destaque fica para sua vontade de não mais regenerar, justo após tanta evolução. Vimos sua personalidade mudar em 3 temporadas, portanto vê-lo regenerar significa um salto de fé, um passo dado do zero. Ao menos é o que pensa ele próprio ao fim da temporada. Certamente essa temática será abordada no especial de Natal, o que será interessantíssimo. Seu encontro com o Doutor original promete.
Perceberam que nem citei os companions na parte do texto destinada ao Doctor, né? Isso ocorreu simplesmente porque a relação entre os personagens teve uma importância bem pouco significativa para a série como um todo. Evidentemente não renegarei o esforço de Pearl Mackie em tornar sua Bill Potts uma companion relevante, mesmo sabendo que teria apenas uma temporada para trabalhar (uma tarefa árdua, é bom dizer).
Apesar de carismática, Potts tornou-se um amontoado de esteriótipos que davam voz aos showrunners, que gritavam: "vejam como somos inclusivos, gente". Não me entendam mal, a inclusão de personagens que representam minorias na cultura pop é importantíssima e tem que continuar, mas tão importante quanto, é desenvolver tais personagens para que não se resumam aos já citados esteriótipos. Bill era nerd, inteligente, fã de ficção-cientifica, bem humorada, tinha dramas familiares... características que podiam ter sido trabalhadas ao longo da temporada se os roteiristas não tivessem se preocupado apenas em reforçar a cada 2 episódios o fato dela ser lésbica. A sexualidade faz parte da personalidade de todos nós, mas não define quem somos como pessoa.
Apesar de carismática, Potts tornou-se um amontoado de esteriótipos que davam voz aos showrunners, que gritavam: "vejam como somos inclusivos, gente". Não me entendam mal, a inclusão de personagens que representam minorias na cultura pop é importantíssima e tem que continuar, mas tão importante quanto, é desenvolver tais personagens para que não se resumam aos já citados esteriótipos. Bill era nerd, inteligente, fã de ficção-cientifica, bem humorada, tinha dramas familiares... características que podiam ter sido trabalhadas ao longo da temporada se os roteiristas não tivessem se preocupado apenas em reforçar a cada 2 episódios o fato dela ser lésbica. A sexualidade faz parte da personalidade de todos nós, mas não define quem somos como pessoa.
Enquanto a Nardole, não disse a que veio durante todo o ano, ainda que uma ou outra piada tenha funcionado.
EPISÓDIOS
Após tanta crítica a pergunta que não quer calar é: será que gostei de algo nessa temporada? É claro que sim! Alguns episódios foram interessantes, como Oxygen, que nos mostrou a bizarra realidade em que oxigênio é vendido como forma de consumo. Tivemos ainda a revelação de que o Doutor ficara cego, algo marcante a principio, mas que mais tarde se mostraria irrelevante para a trama da temporada como um todo.
Express of Mars também foi um episódio redondinho, que conseguiu apresentar seus elementos, desenvolvê-los e ainda trazer uma conclusão satisfatória para seus conflitos. Novamente, não traz relevância para a temporada como um todo, mas funciona individualmente.
O destaque, claro, vai para The Doctor Falls e a dinâmica entre Missy (Michelle Gomez) e Master (John Simm), de longe a melhor coisa da temporada. Foi chocante constatar que o Master foi responsável por matar sua própria regeneração anterior, algo doentio e típico do personagem. Apesar de um ou outro furo de roteiro que o episódio traz (e nem vou citar o deus ex machina extreme da conclusão da trama de Bill), o final em que o 12º Doutor encontra o 1º Doutor fez tudo valer a pena.
Só nos resta esperar pelo Natal para nos despedirmos de Peter Capaldi e darmos as boas vindas a Jodie Whittaker. Ansiosos?
Só nos resta esperar pelo Natal para nos despedirmos de Peter Capaldi e darmos as boas vindas a Jodie Whittaker. Ansiosos?
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