CRÍTICA | Sol da Meia-Noite


Direção: Scott Speer
Roteiro: Eric Kirsten e Kenji Bando
Elenco: Bella Thorne, Patrick Schwarzenegger, Rob Riggle, Quinn Shepard, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2018


Romances chamam muito a atenção do público, principalmente quanto os atores são capazes de transmitir toda a emoção dos personagens, criando empatia com quem assiste. Sol da Meia-Noite (Midnight Sun) nos tráz Bella Thorne (Amityville: O Despertar) e Patrick Schwarzenegger (Os Últimos Sobreviventes) como os protagonistas de uma história de amor adolescente repleta de obstáculos e dirigida por Scott Speer (Ela Dança, Eu Danço 4).

Aqui conhecemos a história de Katie (Thorne), uma jovem de 17 anos que vive boa parte de sua vida dentro de casa em decorrência de uma doença rara, denominada como Xeroderma Pigmentoso (ou simplesmente XP), que não permite que ela entre em contato com a luz do Sol. Devido a sua condição, a adolescente se relaciona apenas com seu pai viúvo, Jack (Rob Riggle), e sua única amiga, Morgan (Quinn Shephard), tendo seu violão como melhor passatempo e instrumento para compor músicas. Durante a noite, Katie frequenta uma estação de trem na qual toca para os passageiros e, em uma determinada noite, quando Charlie (Schwarzenegger) passa pelo local, o caminho de ambos se cruza e o amor floresce, mudando suas rotinas dali em diante.

O roteiro procura não focar na doença da protagonista, porém destaca o mundo de descobertas dos adolescentes, que conhecem o amor e se deparam com novas experiências e responsabilidades a todo momento. A questão de como a vida deve ser aproveitada ganha força, com boa carga dramática empregada. E ainda que utilize de muitos clichês de filmes do gênero "teen" e se mostre previsível em determinados momentos, a trama ganha contornos simples e delicados de maneira competente, ancorados em personagens coesos e com boas motivações.

Foto: Diamond Films

O aspecto que destaquei no primeiro parágrafo é o grande trunfo e ao mesmo tempo o grande problema da obra. As atuações em geral se sobressaem, fazendo com que as qualidades dos personagens se sobreponham aos defeitos. Bella Thorne demonstra uma persona corajosa e com muita vontade de viver, sem se abalar pela doença que carrega e disposta a enfrentar o mundo. Quinn Shepard (Black List) traz força à protagonista no papel de melhor amiga, também proporcionando alívio a trama em muitos momentos. O entrosamento entre as atrizes e admirável, fazendo com que o laço de amizade entre as duas soe crível e bem construído.

Se o núcleo feminino é a força da trama, é justamente o lado masculino que deixa a desejar, não exatamente por conta das interpretações, mas pelas limitações impostas pelo roteiro. Rob Riggle (12 Heróis) faz o que pode enquanto pai maduro, amoroso e amigo, mas tem poucas cenas e diálogos nada promissores. Já Patrick Schwarzenegger se mostra um ator promissor, mas seu personagem se mostra travado e sem grande simpatia.

Mesmo deixando aquela sensação de que já assistimos dezenas de filmes iguais, Sol da Meia-Noite cumpre compre com seu papel de levar ao público um misto de drama e romance, sensível e motivador, apesar de seus altos e baixos.

Foto: Diamond Films


Bom

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