CRÍTICA | Treze Homens e um Novo Segredo

Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Brian Koppelman e David Levien
Elenco: George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Al Pacino, Casey Affleck, Don Cheadle, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2007


Se Doze Homens e Outro Segredo (Ocean's Twelve, 2004) já soava como uma sequência que não precisaria existir, apesar da diversão inegável, o mesmo vale para esse Treze Homens e um Novo Segredo (Ocean's Thirteen) terceira parte da saga do ladrão de luxo Danny Ocean (George Clooney) e sua trupe, mais uma vez dirigida pelo ótimo Steven Soderbergh (Magic Mike), que aqui parece se divertir como nunca.

Reuben (Elliot Gould), um dos membros do nosso grupo de ladrões favoritos, está tentando fazer negócios com o magnata Willie Bank (Al Pacino). No entanto, ele acaba sendo passado para trás, o que o faz ter um enfarto do miocárdio quase fatal. A trupe se reúne em uma "missão de vingança", com o intuito de quebrar a banca de Bank, que está prestes a abrir um novo cassino em Las Vegas.

A maior qualidade de Treze Homens é o fato de que estamos de volta a Vegas, o que traz todo um charme especial a obra. Por outro lado, aqui não temos as presenças femininas de Julia Roberts (Uma Linda Mulher) e Catherine Zeta-Jones (Chicago), que ficam de fora para abrir espaço para Ellen Barkin (Vítimas de Uma Paixão), que vive a assistente de Banks, além do próprio Al Pacino (Um Dia de Cão).

Foto: Warner Bros Pictures

O roteiro é objetivo e foca exclusivamente no desenrolar do golpe em andamento, não havendo espaço para tramas paralelas ou desnecessárias, o que pode até ser encarado como um fator positivo, porém, a decisão acaba por trazer falta de desenvolvimento justamente aos personagens de Barkin e Pacino, que acabam soando apenas como vilões caricatos e superficiais.

Todos do elenco possui uma participação de tela equivalente, como de costume na franquia. Quem tem um protagonismo maior dessa vez é Linus (Matt Damon), que serve como uma espécie de alívio cômico, já que é usado como bode expiatório da maioria dos integrantes. Outros que se destacam são Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar) e Scott Caan (O Grande Dave), que aqui parecem mais humanizados. Outro que tem espaço é Bernie Mac (As Panteras: Detonando), que pontua a narrativa com doses de humor e o tom enrolador de seu personagem.

Talvez o principal aspecto que me desagrade é a montagem, que soa um tanto brega dessa vez, chegando ao ponto de vermos um monte de números aleatórios em tela durante a sequência onde os personagens estão jogando no cassino e concretizando seu golpe. Soa sem importância e tosco.

Treze Homens e um Novo Segredo soa como mais uma sequência que ninguém pediu. Não trouxe nada novo a franquia, limitando-se a puro e simples entretenimento. Um filme bom, porém esquecível.

Foto: Warner Bros Pictures


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