CRÍTICA | John Wick 3: Parabellum


Direção: Chad Stahelski
Roteiro: Derek Kolstad, Shay Hatten, Chris Collins e Marc Abrams
Elenco: Keanu Reeves, Halle Berry, Ian McShane, Laurence Fishburne, Anjelica Huston, Mark Dacascos, Asia Kate Dillon entre outros
Origem: EUA
Ano: 2019


Com início um tanto modesto, seguido de uma sequência arrasadora, John Wick (Keanu Reeves) retorna a grande tela com a promessa de fechamento de um arco que rendeu grandes resultados, não apenas de bilheteria, mas na criação de uma franquia adorada por público e imprensa.

John Wick 3: Parabellum (John Wick: Chapter 3 - Parabellum), dirigido por Chad Stahelski (De Volta ao Jogo), começa logo após nosso herói quebrar a principal regra da sociedade secreta em que está inserido: assassinou o chefe da máfia de Manhattan dentro das dependências do Hotel Continental. A cabeça do protagonista é posta a prêmio e da-se inicio a uma verdadeira caçada humana. Zero (Mark Dacascos), líder de um exército de ninjas, e The Adjudicator (Asia Kate Dillon), da alta cúpula de assassinos, o querem morto qualquer jeito. E. na tentativa de sair ileso dessa situação, Wick busca a ajuda de Sofia (Halle Berry), uma ex-matadora de aluguel que tem em sua posse dois perigosos cães de ataque.

Por incrível que pareça, o roteiro é um dos elementos que mais surpreendem nessa terceira parte, visto que fecha a maioria do arcos do protagonista, iniciados nos filmes passados. Se isso não bastasse, há espaço para expandir o universo já estabelecido, apresentando novos personagens, ambientes e, claro, grandiosas cenas de ação.

Foto: Paris Filmes

O ritmo de John Wick 3 é alucinante, mas sem deixar de desenvolver seus atos de forma equilibrada. A brutalidade em tela impressiona, já que não estamos mais acostumados a ver personagens sangrando no cinema atual. As coreografias de luta são dinâmicas e, como de costume, empolgantes, especialmente por sabermos que, em grande parte delas, Keanu Reeves (Matrix) está lá, de fato, proferindo os golpes e tiros. Isso sem contar a variedade de ferramentas utilizadas, que vão de pistolas a machetes, facas e espadas. E justiça seja feita, Reeves pode não ser um grande ator dramático, mas quando falamos de ação, o interprete se destaca com folga. Se John Wick é, desde já, um personagem marcante do cinema, um dos motivos é seu trabalho nesses três longas.

O restante do elenco também está bem. Halle Berry (Kingsman: O Círculo Dourado), apesar de discreta, mostra que todo o treinamento para as filmagens valeu a pena, pois a atriz também se garante na ação. Gosto particularmente de Laurence Fishburne (A Melhor Escolha) e Ian McShane (Hellboy), que seguem afiados como de costume. No mais, vale a menção honrosa para a participação da sempre ótima Anjelica Huston (Ilha dos Cachorros), que há tempos não víamos em um papel de destaque.

John Wick 3: Parabellum encerra a trilogia de forma muito competente. Em tempos de remakes, reboots e grandes franquias de super-heróis, é bacana vermos uma obra original com tanta personalidade, popularidade e, principalmente, com fôlego para expandir e nos divertir por mais alguns filmes.

Foto: Paris Filmes


Ótimo

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