CRÍTICA | Indiana Jones e a Última Cruzada

Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Jeffrey Boam
Elenco: Harrison Ford, Sean Connery, John Rhys-Davies, Alison Doody, Denholm Elliott, River Phoenix, entre outros
Origem: EUA
Ano: 1989


Quantos filmes e franquias icônicas podem caber em um currículo? Aparentemente quando se trata de Steven Spielberg (Império do Sol) esse número é ilimitado. A carreira do diretor é vasta e carrega tantos títulos memoráveis que fica difícil escolher um favorito. Mas entre tantas histórias maravilhosas e personagens marcantes, um deles carrega um peso sem igual e bastam três notas musicais para que o nome Indiana Jones salte aos nossos olhos.

Não é pra menos, afinal o protagonista é uma união do trabalho do diretor com ninguém menos que George Lucas (Star Wars: O Retorno de Jedi). Não tinha como dar errado, já que são duas das mentes criativas mais influentes de Hollywood.

Mas vamos ao que interessa, Indiana Jones e a Última Cruzada (Indiana Jones and the Last Crusade), terceiro filme da franquia.

O longa traz novamente o carismático protagonista vivido por Harrison Ford (Star Wars: O Despertar da Força), dessa vez inserido na busca de um dos artefatos religiosos mais envolto em mistérios que se tem notícias: o Santo Graal. Indiana Jones então é jogado com tudo em uma busca desenfreada pelo cálice sagrado ao lado de seu pai, Henry Jones (Sean Connery), um acadêmico fanático pelo artefato e que desapareceu misteriosamente em meio à busca.

Foto: Lucasfilm

Do ponto de vista de elenco e personagens, ouso dizer que esse é um dos mais interessantes da franquia. A introdução do pai do Indiana dá uma dinâmica singular a narrativa e, sinceramente, a melhor coisa do filme é ver Sean Connery (007 Contra o Satânico Dr. No) em cena. Seu Henry Jones é puro carisma e inocência e o ator soube construir essa faceta diferenciada com maestria, entregando um personagem completamente diferente do que estávamos habituados a vê-lo interpretar.

Aqui também vale uma menção a River Phoenix (Conta Comigo) que brilha em tela no prólogo inicial como o jovem Indy, deixando uma pontinha de dor no coração por ter nos deixado tão cedo.

O roteiro de Jeffrey Boam (Na Hora da Zona Morta) acerta na dinâmica entre pai e filho, mas não entrega nada além do que já estávamos acostumados nos filmes do herói, o que não é nenhum desmérito. A Última Cruzada segue entregando os elementos que fizeram o público amar a franquia: um herói corajoso e charmoso, tramas interessantes, super vilões, corridas contra o tempo, lutas cartunescas, explosões e bom humor, claro.

O longa encerraria a trilogia com chave de ouro, não fosse o lançamento de uma quarta parte e os constantes rumores de uma nova sequência, no momento em que escrevo essa crítica. E é curioso como vemos franquias como As Panteras sofrerem reeboots constantes por suas protagonistas não terem mais uma idade "desejável" para a grande tela, enquanto nomes como Harrison Ford jamais deixam seus personagens clássicos descansar. Evidentemente a influência dos estúdios tem peso nisso, e há muito mais por trás desse tipo de decisão, mas não me parece plausível um filme de ação protagonizado por um senhor com quase 80 anos.

Por ora, prefiro ficar com Indiana Jones e a Última Cruzada e fingir que eles souberam a hora de parar.

Foto: Lucasfilm


Ótimo

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