CRÍTICA | A Hora do Pesadelo

Direção: Wes Craven
Roteiro: Wes Craven
Elenco: Heather Langenkamp, Johnny Depp, Robert Englund, entre outros
Origem: EUA
Ano: 1984


A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street), de 1984, é um dos conhecidos clássicos do subgênero de terror slasher. É o primeiro filme a apresentar o icônico vilão Freddy Krueger (Robert Englund), que dali em diante ficou eternizado na cultura pop, sendo referência para fantasias de Halloween mundo a fora. Isso sem contar, claro, a sua temática do sonho e do medo psicológico, que reverberaria em muitas outras obras.

O longa conta a história de um grupo de adolescentes que são perseguidos por Krueger, um tipo de entidade que mata as pessoas enquanto elas estão dormindo, em seus pesadelos.

O roteiro de Wes Craven (Pânico) - que também dirige a produção - é simples, porém eficiente. Logo na cena inicial é eliminado qualquer tipo de suspense ao vermos o vilão perseguindo uma das personagens, já estabelecendo a ideia do que veríamos dali em diante. Essa mistura de simplicidade e objetividade faz com que a obra resista ao tempo e mostre-se relevante ainda hoje.

As atuações, por outro lado, não envelheceram tão bem, já que fica evidente a utilização de atores adultos interpretando adolescentes sem qualquer pudor, um complexo antigo de Hollywood. E aqui vali citar a presença de Johnny Depp (Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald), em seu primeiríssimo papel nos cinemas.

New Line Cinema

Quando a trama se propõe a, de forma criativa, inventar momentos diferenciados de terror ela consegue, especialmente os pesadelos influenciam a realidade dos personagens, gerando algumas cenas icônicas na cama enquanto estão sendo atacados.  

Analisando sob uma perspectiva atual, é possível até perceber certa moralidade dentro da “mensagem” que o longa passa. Por exemplo, as primeiras vítimas são um casal que estava fazendo sexo casual, trazendo o subtexto da culpa católica que costuma fazer um filme "gore" ser mais aceito pelo público convencional.

O trabalho de maquiagem de Freddy Krueger é aterrorizante dentro do possível, potencializado por todo o contexto do personagem que é muito bem trabalhado por Craven. A exposição em excesso do vilão, no entanto, faz com que ele perca a força no decorrer da projeção.

No fim, A Hora do Pesadelo se mostra um filme datado em alguns aspectos - como as atuações - mas que mostra força em com sua mitologia, mantendo-o relevante até hoje nas rodas de discussões cinéfilas. Freddy Krueger ainda vive em nossos pesadelos.

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Bom

   

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