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Postado por
Daniel Oliveira
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Direção: Michael Bay
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely
Elenco: Mark Wahlberg, Dwayne Johnson, Anthony Mackie, Ed Harris, Tony Shalhoub, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2013
|
Daniel
Lugo (Mark Wahlberg) é um personal
trainer de uma academia de “marombados” em Miami. Após um período de monotonia
em sua vida, ele percebe que precisa de uma “virada” financeira para realizar
seus sonhos, mas resolve fazê-la da pior maneira possível, sequestrando um de
seus mais ricos clientes. Para tamanha façanha ele conta com a ajuda de dois
parceiros de academia, Adrian (Anthony
Mackie) e Paul (Dwayne Johnson).
Um detalhe importante, a história é baseada em impressionantes fatos reais.
Essa
mistura de uma trama baseada em fatos, aliada a um orçamento limitado, fez o improvável
acontecer e Michael Bay (Armageddon)
conseguiu entregar seu melhor filme desde o “pipocão” Bad Boys II, de 2003. O fato de eu enfatizar essa afirmação logo no
segundo parágrafo de minha crítica talvez sirva para ressaltar a minha
insatisfação com os últimos projetos do cineasta, que de lá pra cá dirigiu
apenas A Ilha (The Island, 2005) e a trilogia Transformers (2007, 2009 e
2011). Filmes que tiveram grande bilheteria, mas que eram vazios em
essência cinematográfica.
Em Sem Dor, Sem Ganho (Pain & Gain), Bay carrega todos os seus vícios e excessos como
cineasta (sua estética de videoclipe, giros de câmera e planos puramente estéticos),
mas, no entanto, consegue empregá-los em prol da história, conduzindo uma obra
bastante divertida (ainda que chocante por conta da brutalidade dos eventos
ocorridos), uma comédia/sátira ao "sonho americano". Momentos como a corrida em câmera lenta de Wahlberg, ou os planos
ensolarados, filmando os protagonistas de baixo para cima (endeusando-os), são
exemplos costumeiros da filmografia do diretor, mas que aqui funcionam muito
bem, bastante em função da natureza dos personagens, que se consideram
superiores devido a seu físico invejável, mas que são basicamente vazios em
sabedoria.
O elenco
é outro trunfo da obra. Ainda que não seja um poço de carisma e talento, Mark
Wahlberg (Dose Dupla) consegue
facilmente carregar a responsabilidade de um protagonismo. A “inocência” que o ator
traz para o personagem faz com que simpatizemos com o mesmo quase que de
imediato, ainda que levemos as mãos à testa quando vemos as mais absurdas
decisões sendo tomadas (em determinado momento Lugo diz para os parceiros ficarem tranquilos, pois o mesmo assistiu muitos filmes do gênero, e tem tudo sobre controle). Dwayne Johnson (Velozes e Furiosos 6), por sua vez, é um figura da qual carisma não falta. Seu
personagem (um fanático religioso, marombado e viciado) rende certamente os
melhores momentos da narrativa, servindo como uma espécie de alívio cômico ao
lado de Anthony Mackie (Somos Marshall),
e sua figura que cultiva um fetiche por mulheres robustas. Os absurdos são
tantos que o filme faz questão de nos lembrar, em determinado momento do 3º
ato, que os eventos que presenciamos ainda são baseados em uma história real.
Sem
Dor, Sem Ganho não é perfeito, está longe disso, mas diverte
como bom entretenimento, cumprindo assim seu papel como Cinema pipoca. Uma pena
que Michael Bay não parece interessado em investir nesse tipo de projeto, já
tendo se comprometido com a direção de um quarto filme da franquia
Transformers, e sabem-se lá quantos mais ainda virão. É realmente uma pena,
pois há potencial no diretor para filmes de ação que não dependam apenas de
explosões. Potencial limitado, mas há.
Bom |
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Comentários
#Pain&Gain
ResponderExcluirOi Daniel,
ResponderExcluirFiquei interessada em ver o filme pela sua crítica, honestamente, não me pareceu interessante apesar do Mark Wahleberg (sou muito fã dele), mas agora lendo uma crítica mais detalhada, acho que vou me interessar.
Gosto de filmes de ação, mas tem que ter história, não tem jeito, nunca assisti Transformers e nem pretendo, não faz meu estilo.
Vai ser o meu próximo filme, valeu pela dica.
Abs,
Fabiana