5 Filmes de Philip Seymour Hoffman


No último dia 02 de fevereiro foi noticiada a morte de Philip Seymour Hoffman. Tal notícia me deixou profundamente chateado, pois tratava-se de um grande ator, dos melhores de sua geração. O motivos que levaram a seu falecimento não tenho interesse em discutir no momento, mas o fato é que nos deixou muito cedo, com 46 anos e no auge de sua carreira. E por nutrir de grande admiração pelo trabalho do ator, resolvi prestar minha homenagem.

Listarei abaixo 5 filmes indispensáveis na filmografia de Philip Seymour Hoffman. Não necessariamente são obras inesquecíveis, em algumas o ator nem mesmo é o protagonista (em 1 ou 2 deles o mesmo aparece em breves momentos, inclusive), mas são atuações que mostram a sua grande versatilidade, e ajudam a entender o porque sentiremos falta de seu trabalho nas telas. Optei por não relacionar na lista o filme pelo qual é mais conhecido, Capote. Sugiro, caso ainda não conheçam o trabalho de Seymour Hoffman, que assistam aos filmes da relação abaixo e, após isso, vejam Capote. Trata-se de uma obra densa e uma grandiosa interpretação, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator.


 PERFUME DE MULHER 
(Scent of a Woman, 1992)

Em Perfume de Mulher o ator teve seu primeiro papel significativo na carreira, quando ainda bem novo interpretou George Willis Jr., um estudante que atrapalhava a vida de Chris O'Donnell. O destaque do filme, claro, era Al Pacino, mas Seymour Hoffman, mesmo aparecendo pouco, conseguiu ser notado, como descreveu o crítico Pablo Villaça em seu blog, o Diário de Bordo"A primeira vez que notei Philip Seymour Hoffman, ele vivia um estudante riquinho cuja arrogância era evidenciada quase por subtexto: na superfície, ele se mostrava simpático ao seu humilde colega de turma, dizendo que este “precisava” vir esquiar ao seu lado, mas seus modos, seu sorriso e seu olhar exibiam um sadismo sutil enquanto se divertia por saber que o pobre rapaz não tinha como acompanhá-lo."



 QUASE FAMOSOS 
(Almost Famous, 2000)

Em Quase Famosos o ator interpretou Lester Bangs, um famoso e respeitado crítico musical. Foi quando se estabeleceu na indústria como um coadjuvante de grande presença em tela e que não necessariamente precisava brilhar com um protagonismo (ainda que houvesse talento para isso). Nesse filme em questão, Seymour Hoffman é indiretamente a alma da história, o mentor que William "o inimigo" Miller toma pra si em sua paixão pela música e, consequentemente, pelo jornalismo. Quase Famosos é uma obra inesquecível, e o ator tem grande parcela nisso.



 QUERO FICAR COM POLLY 
(Along Came Polly, 2004)

Quero Ficar com Polly é uma comédia romântica como tantas outras. Bastante divertida e carismática, mas não é um exemplo de inovação, ou mesmo pode ser considerado um excepcional filme, mas o fato é que Philip Seymour Hoffman tem aqui a oportunidade de mostrar sua versatilidade como ator. No papel de Sandy Lyle, melhor amigo do protagonista e ex-ator mirim que ainda acredita ser famoso, ele rouba a cena e torna-se a coisa mais engraçada da obra. Seu talento cômico é admirável, mesmo para comédia física. Cenas como a partida de basquete ou o discurso na reunião, ao fim do 3º ato, são ótimas. Mesmo.



 DÚVIDA 
(Doubt, 2008)

Em Dúvida, Seymour Hoffman entrega um de seus melhores trabalhos, vivendo Flynn, um padre da década de 60 que luta contra os rígidos costumes da escola católica em que trabalha e é acusado por uma de suas freiras (vivida por Maryl Streep) de molestar um jovem estudante do convento. O melhor da trama é o  fato de nunca termos certeza de seus atos, ficando a cargo do espectador julgar perante suas ações. É um filme a se admirar, com atuações intensas e inesquecíveis, tanto de Seymour Hoffman como de Streep e Amy Adams. Indispensável na filmografia do ator.



 O MESTRE 
(The Master, 2012)

Em O Mestre o ator revive sua parceria com o diretor Paul Thomas Anderson (Magnólia), visto  que esse é o quinto filme em que trabalham juntos. Não é uma obra para o grande público, e trata-se de um tema polêmico abordado como a criação de uma religião (mais especificamente a cientologia), mas Seymour Hoffman entrega uma interpretação memorável, roubando a cena em muitos momentos, mesmo o protagonista vivido por Joaquin Phoenix estando soberbo em tela. Não atoa ele é o mestre do título, escolhido a dedo pelo diretor.


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