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Postado por
Daniel Oliveira
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Direção: Jean Marc-Vallée
Roteiro: Craig Borten e Melisa Wallack
Elenco: Matthew McConaughey, Jared Leto, Jennifer Garner, Steve Zahn, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2013
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Se o roteiro de Clube de Compras Dallas é hábil em retratar temas como homofobia e a luta pela cura de uma nova doença que se alastrava durante o período retratado no filme (a falta de conhecimento era tamanha, que em determinado momento vemos um médico sugerir ao paciente que uma das causas do HIV são as relações homossexuais), o mesmo não é tão competente em abordar a real motivação do protagonista para seus atos.
O Clube de Compras, do título, é uma espécie de mercado negro criado por Ron para lucrar com a venda de medicamentos ilegais que causavam resultados melhores do que os utilizados pelo sistema de saúde do país. O que, a principio, surgiu como uma oportunidade de renda, ao longo da obra, se torna uma bandeira na luta pelos pacientes. O longa-metragem de Jean-Marc Vallée é covarde em não tomar as ações do personagem como egoístas ou altruístas, assumindo as duas posições.


Por outro lado, o diretor acerta em construir uma atmosfera destrutiva e suja, favorável a parte das pretensões da obra. Vallée também opta por elegantes cortes de cena, além de estabelecer uma rima sonora interessante para o protagonista. Sempre que o mesmo está próximo de perder a consciência, ouvimos um som agudo, aumentando a cada segundo. Essa rima não só nos antecipa o que está por vir, como causa um desconforto proposital no espectador.

Não há duvida, no entanto, que o grande trunfo da obra são as atuações, como frisei anteriormente. McConaughey (Amor Bandido) entrega uma interpretação realmente marcante, começando pela transformação corporal que sofreu (que é 50% do personagem). Sua indicação ao Oscar é bastante merecida e o ator deve levar a estatueta. Ainda que meu favorito seja outro, a premiação seria merecida, pois McConaughey teve um grande ano.
Quem rouba a cena, porém, é Jared Leto (Réquiem para um Sonho). O ator vive Rayon, um transexual, portador do vírus HIV, e que acaba tornando-se o braço direito de Ron em seu negócio. Coincidentemente, seu personagem é o que possui um dos melhores arcos da narrativa. Sua transformação corporal e trabalho de voz impressionam, pois seria fácil cair na caricatura, o que não acontece aqui.
Clube de Compras Dallas é uma obra irregular, mas que retrata uma época e um tema importante, com interpretações que elevam a projeção a outro patamar. Não sei dizer se o filme merecia estar entre os melhores do ano, talvez houvessem opções melhores, como o belo drama belga, Alabama Monroe (The Broken Circle Breakdown). Mas também sabemos que o filme será mero figurante entre os indicados, brilhando apenas nas premiações de elenco.
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Bom |
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Comentários
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