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Postado por
Edu Oliveira
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Direção: Takashi Miike
Roteiro: Tetsuya Oishi
Elenco: Takuya Kimura, Hana Sugisaki, Sôta Fukushi, Hayato Ichihara, entre outros
Origem: Japão / Reino Unido
Ano: 2017
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Todo ano, no Japão, é lançado algum longa-metragem adaptando um mangá ou anime de grande sucesso. Blade: A Lâmina do Imortal (Mugen no Junin) não é diferente. No entanto, após uma desastrosa adaptação para o anime do mangá original de Hiroaki Samura fica a questão: será que o filme, de fato, vale a pena?
Blade of The Immortal foi um mangá lançado em 30 volumes entre os anos de 1994 e 2012. A publicação é famosa por, além de ser mais uma história de samurai, ter uma trama coesa e com foco nos desenvolvimento dos personagens, fora os traços belíssimos. Chegou a ser publicado no Brasil em 2004, pela editora Conrad, com o nome de Blade: A Lâmina do Imortal (sendo cancelado poucos anos depois) e depois relançado pela editora JBC em 2015.
O longa adapta (ou, literalmente, joga as cenas todas no mangá na tela) os primeiros volumes, onde Manji (Takuya Kimura) é um ronin, contratado para matar pessoas que se negam a pagar impostos. Ao descobrir que se tratam de pessoas inocentes, ele se rebela e mata seu contratante e mais 99 guarda-costas. Depois da luta, bastante ferido, acaba sendo encontrado por uma monge que, ao lhe dar o "chá dos vermes", lhe concede a imortalidade. Nesse ponto, o filme trás uma mudança, pois ele mata seu contratante, mas as outras 100 pessoas que enfrenta são devido a busca pela sua recompensa que é divulgada, em uma belíssima cena fotografada em preto e branco.
Anos depois ele conhece Rin (Hana Sugisaki), filha do Mestre Asano da Mutenichi-ryu, que foi morto por Kagehisa Anotsu (Sôta Fukushi) em sua própria casa. Ela então jurou vingança e, para isso, contrata Manji como seu guarda-costas.
O maior problema do filme é justamente um dos pontos fortes do mangá: o desenvolvimento dos personagens. Em pouco mais de 2 horas de projeção ainda é muito difícil desenvolver um trabalho que fora desenvolvido anteriormente em 30 volumes. Na obra original você se importa com diversos personagens porque sabe de seus propósitos, não é algo preto no branco como "mocinho/vilão", todos tem seus defeitos e qualidades. No longa, infelizmente, isso não é trabalhado da forma correta, tornando se apenas mais um filme de ação sobre vingança. Talvez um lançamento em formato de trilogia, como foi feito com Samurai X, por exemplo, teria obtido um resultado melhor.
Anos depois ele conhece Rin (Hana Sugisaki), filha do Mestre Asano da Mutenichi-ryu, que foi morto por Kagehisa Anotsu (Sôta Fukushi) em sua própria casa. Ela então jurou vingança e, para isso, contrata Manji como seu guarda-costas.
Foto: Divulgação |
O maior problema do filme é justamente um dos pontos fortes do mangá: o desenvolvimento dos personagens. Em pouco mais de 2 horas de projeção ainda é muito difícil desenvolver um trabalho que fora desenvolvido anteriormente em 30 volumes. Na obra original você se importa com diversos personagens porque sabe de seus propósitos, não é algo preto no branco como "mocinho/vilão", todos tem seus defeitos e qualidades. No longa, infelizmente, isso não é trabalhado da forma correta, tornando se apenas mais um filme de ação sobre vingança. Talvez um lançamento em formato de trilogia, como foi feito com Samurai X, por exemplo, teria obtido um resultado melhor.
As cenas de batalhas, por outro lado, são muito bem coreografadas, como é praxe nesse tipo de produção. Achei ótima a decisão do diretor Takashi Miike (13 Assassinos) em retratar com fidelidade a ação do mangá, principalmente suas conclusões. Como fã, foi muito bom ver a batalha entre Manji e Eiku Shizuma (Ebizô Ihikawa) em live-action, por exemplo.
Grande parte do elenco está ótima. Takuya Kimura (Honra de Samurai) retrata bem todos os trejeitos de Manji, desde quando era um ronin ultra-habilidoso até a fase atual, mais preguiçoso devido a imortalidade. Esse fato inclusive influencia suas batalhas, lutando de uma forma "menos digna" para a maioria dos samurais, além de soltar seus famosos xingamentos. Hana Sugisaki (As Memórias de Marnie), por sua vez, não tem tanto espaço para brilhar, já que o roteiro não evolui Rin. A personagem permanece sempre com seu jeito tímido e dependente de Manji, o que é uma pena.
Foto: Divulgação |
A narrativa limita-se as lutas contra o pessoal da Itto-ryu (chefiada pelo Anotsu) até seu ato final. E aqui, não sei dizer se a conclusão é baseada na obra original, porque, como disse antes, a publicação do mangá foi cancelada no Brasil e eu fiquei sem saber a conclusão da história, porém, é perceptível que o roteiro e a direção tenta amarrar todas as subtramas jogadas no longa de forma rápida, buscando finalizar a história ali. Ao menos a última cena foi uma baita referência para os fãs da obra, o que me deixou bem feliz.
Blade: A Lâmina do Imortal é mais uma adaptação que não chega aos pés da obra original, mas que vale a pena ser visto. Diferente do anime, aqui conseguiram trazer o clima do mangá, só pecando no desenvolvimento dos personagens, o que é compreensível devido ao tempo limitado de projeção. As batalhas são ótimas e o final, apesar de corrido, é satisfatório. Fica a minha indicação também para a leitura do mangá, que recentemente teve seu 12° volume publicado no Brasil.
Blade of The Immortal
Blade: A Lâmina do Imortal
Cinema Japonês
Críticas
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