Black Mirror 4x06 | Black Museum

Direção: Colm McCarthy
Roteiro: Charlie Brooker
Elenco: Letitia Wright, Douglas Hodge, entre outros


Nada como terminar a quarta temporada mostrando o que tem de melhor. Black Museum, o último episódio desse ano de Black Mirror, está recheado de referências no estilo já tão reconhecido dessa produção que é fenômeno da Netflix. Dessa história roteirizada por Charlie Brooker, o criador da série, você pode esperar por cenas agonizantes, mas que são impossíveis de desviar o olhar, além, claro, da já típica estranheza sobre os avanços da tecnologia em nosso cotidiano.

Na trama, uma jovem (Letitia Wright), ao parar para recarregar seu carro, se depara com um obscuro museu quase abandonado a beira da estrada. O local, que dá nome ao episódio, abriga uma série de objetos relacionados a casos de crimes, nos quais a tecnologia teve sua parcela de culpa. Guiados pelo dono do museu (Douglas Hodge), somos levados de história em história como em um tour macabro.

O primeiro objeto explorado é um “capacete” capaz de transmitir sensações, que é usado por um médico para salvar vidas. Na coletânea de contos, também somos apresentados a uma inovadora técnica de transmissão de consciência que é aplicada com objetivos muito diferentes em uma mãe em coma e em um assassino condenado.

Foto: Jonathan Price / Netflix

Cada uma das três experiências apresentadas talvez pudesse render seu próprio episódio, já que todas são bastante interessantes e geram boas reflexões, contudo, a conexão criada entre elas é a grande sacada da narrativa. Apenas no desfecho do capítulo é possível perceber que as histórias fazem parte de um mesmo universo compartilhado e que todos os pequenos detalhes fazem a diferença. O tipo de entrega que surpreende qualquer espectador.

Fechando com chave de ouro o que, por muitos, foi considerada uma temporada mediana, Black Mirror consegue se manter consagrada como uma das séries mais estranhas, adoradas e competentes da atualidade. 

Ótimo

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