CRÍTICA | Correndo Atrás de um Pai

Direção: Lawrence Sher
Roteiro: Justin Malen
Elenco: Owen Wilson, Ed Helms, Glenn Close, J.K. Simmons, Ving Rhames, Christopher Walken, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2017


Correndo Atrás de um Pai é o primeiro longa-metragem dirigido por Lawrence Sher, que até então era conhecido por seu trabalho como diretor de fotografia em obras como Cães de Guerra e Se Beber, Não Case!. Aqui, apesar do elenco estelar, não há uma premissa inovadora ou que ao menos valorize o filme como um bom exemplar do gênero comédia, o que é uma pena.

Na trama, Ed Helms (Férias Frustradas) e Owen Wilson (Extraordinário) são os irmãos gêmeos Peter e Kyle Reynolds, duas pessoas com personalidades completamente distintas e que se reencontram após quatro anos no casamento da mãe, Helen (Glenn Close). Durante a cerimônia, a matriarca revela aos filhos que mentiu sobre a suposta morte do pai deles e indica que ele está por aí, vivo. A dupla então resolve por o pé na estrada em busca do paradeiro do patriarca, mesmo que precisem atravessar atravessar e revirar os Estados Unidos de cabeça para baixo.

O roteiro de Justin Malen (Ressaca de Ano Novo) aposta em piadas já manjadas, diálogos preguiçosos e que se repetem à exaustão. Há muitas gags de cunho sexual, além de recursos pastelões como a queda de pessoas em momentos constrangedores, tudo para garantir o riso fácil do espectador. Isso funciona em determinados momentos, mas o longa se arrasta a partir de seu segundo ato, não conseguindo manter o público interessado na narrativa. Fica a impressão de que resolveram, de fato, apostar em uma fórmula manjada, e que isso, pura e simplesmente, bastaria para se alcançar o sucesso esperado.

Foto: Paris Filmes

Além dos nomes consagrados já citados, o elenco ainda apresenta figuras como J.K. Simmons (Whiplash: Em Busca da Perfeição), Harry Shearer (Os Simpsons), Christopher Walken (Prenda-me Se For Capaz), além da participação especial do ex-jogador de futebol americano Terry Brandshaw. Uma pena que todos sejam inseridos em situações aleatórias e que pouco se sustentam no roteiro.

O propósito era ilustrar ao espectador situações bizarras na medida em que os protagonistas iam de encontro ao possível pai biológico, mas pouca coisa era revelada acerca de cada um dos personagens secundários, o que prejudica a evolução da trama e deixa o espectador um tanto decepcionado. Somente Peter e Kyle, ganham alguma profundidade de roteiro. O primeiro, um médico frustrado com a profissão e infeliz no casamento; o segundo, um homem de vida fácil, que teve sorte na vida após a publicidade de um famoso molho de churrasco, casado com uma bela mulher havaiana. 

Correndo Atrás de um Pai tinha tudo para ser bom, mas pouco tem a oferecer ou fazer rir. Fosse melhor desenvolvido, seu elenco agradeceria. E a audiência também.

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