CRÍTICA | Maze Runner: A Cura Mortal

Direção: Wes Ball
Roteiro: T.S. Nowlin
Elenco: Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster, Giancarlo Esposito, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2018


Enfim chega aos cinemas a terceira e última parte da saga Maze Runner, adaptação dos livros escritos por James Dashner. Conclusão da história que envolve Thomas (Dylan O’Brien), inicialmente utilizado como cobaia em um experimento e que conseguiu escapar de um labirinto mortal. O jovem parte em uma nova jornada em busca da cura para uma doença letal causada pelo vírus Fulgor, mas descobre que a empresa C.R.U.E.L está por trás de um plano que pode trazer consequências sérias para a humanidade. Ele então terá que decidir se deve se entregar e se submeter a um novo experimento, ou se deve acreditar ser o último procedimento.

Dirigido por Wes Ball (que também comandou os dois filmes anteriores), Maze Runner: A Cura Mortal também traz Newt (Thomas Brodie-Sangster), Brenda (Rosa Salazar), Frypan (Dexter Darden) e Jorge (Giancarlo Esposito) de volta, amigos de Thomas que embarcam na dura missão de tentar resgatar Minho (Ki Hong Lee) e outras crianças capturadas pela C.R.U.EL.

A primeira cena já dá o tom do filme, que é recheado de ação, com os personagens mal tendo tempo para planejar cada etapa do plano de resgate, e nesse ponto, a produção não deve nada para obras como Mad Max, por exemplo.. Na medida em que a trama se desenrola, perguntas que ficaram no ar nos longas anteriores vão sendo respondidas, oferecendo ao espectador reviravoltas interessantes e surpreendentes, sem perder aquela sensação de conclusão que é necessária aqui.

Foto: Fox Film do Brasil

Como toda boa adaptação, o roteiro não se preocupa em seguir à risca os acontecimentos do livro A Cura Mortal, de modo que alguns pontos são alterados com o intuito de trazer mais complexidade, dinamismo e coesão ao longa, sem perder a essência da obra original. No entanto, apesar de um enredo empolgante e cheio de adrenalina, perseguição e emoção, as soluções encontradas para alguns conflitos soam forçados, bem como a extensão desnecessária de algumas cenas, o que acaba impactando a metragem do longa (duas horas e vinte minutos), e consequentemente seu ritmo, em certos momentos.

Os efeitos especiais representam outro ponto forte da obra, que, aliados a fotografia - que estabelece tons azulados para ilustrar a cidade e tons alaranjados durante os conflitos após o vírus se alastrar - constroem de forma eficiente esse mundo pós-apocalíptico, outro elemento essencial nesse tipo de distopia.

Dylan O’Brien (Teen Wolf) tem um impressionante arco dramático para trabalhar, sendo capaz de transmitir as emoções exigidas pelo roteiro, assim como todo elenco secundário, que se mostra bastante competente. Vale citar também o trabalho de Aidan Gillen (Game of Thrones) como o implacável Jason. Depois de encarnar o Homem-Rato em Maze Runner: Prova de Fogo, o ator retorna entregando um vilão à altura da franquia, com presença justificada na trama, e gerando a antipatia que todo antagonista deveria trazer.

Foto: Fox Film do Brasil

Maze Runner: A Cura Mortal encerra com competência uma franquia de sucesso, fechando as pontas soltas e trazendo uma conclusão coerente com a jornada de seu protagonista. Deve agradar os fãs de bons filmes de ação e os adoradores da obra em geral. Que novas histórias, tão interessantes quanto, sejam adaptadas em breve para a telona.

Ótimo

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