5 Filmes de Guillermo del Toro


Conhecido principalmente por seus filmes sombrios e com monstros, Guillermo del Toro não apenas dirige como roteiriza e produz seus maiores sucessos. É o caso de seu mais recente sucesso A Forma da Água (The Shape of Water, 2017) que lidera a corrido do Oscar 2018 com 13 indicações, incluindo melhor filme, diretor, roteiro original e fotografia.

Com toda essa repercussão, temos uma boa oportunidade para que novos fãs conheçam sua filmografia e, por isso, estou aqui para apresentar 5 obras dirigidas pelo cineasta. Vamos direto ao ponto.


Cronos (idem, 1993)


Começando com Cronos, que não apenas é o primeiro longa dirigido por Del Toro, mas também foi exibido em diversos festivais de cinema pelo mundo, somando mais de 20 prêmios ganhos. O longa é uma história de vampiro filmada de forma diferente do habitual. O vampirismo nasce de um objeto conhecido como Cronos, criado por um alquimista e que tem o poder de dar vida eterna para quem souber usá-lo. Esse alquimista morre com uma perfuração no peito, quatro séculos depois da criação do artefato, que acaba sendo leiloado, parando nas mãos de um vendedor de antiguidades.

O vendedor, Jesus (Federico Luppi), acaba por recebe o poder da vida eterna ao ativar os mecanismos do objeto, tendo que enfrentar sua nova forma de vida.


A Espinha do Diabo (El Espinazo del Diablo, 2001)


O filme, lançado em 2001, foi outro trabalho notável na carreira de Del Toro, que produziu a obra após ter ficado insatisfeito com o resultado do seu primeiro filme hollywoodiano, Mutação (Mimic).

O contexto de A Espinha do Diabo é a Guerra Civil Espanhola. A história se passa num orfanato que é dirigido pela aleijada Carmen (Marisa Paredes) e pelo misterioso professor Casares (Federico Luppi). Nosso protagonista é Carlos (Fernando Tielve), um garoto de apenas 12 anos que é deixado ali pelo seu tutor após perder o pai, vítima de uma bomba. O menino é recebido de forma hostil e violenta pelas outras crianças e por Jacinto (Eduardo Noriega), um funcionário do local. Lá, Carlos acaba recebendo visitas de um garoto que foi morto de forma violenta na instituição, que implora para que ele o ajude a aliviar seu tormento.


O Labirinto do Fauno (El laberinto del fauno, 2006)


Evidentemente, não há como falar de Guillermo del Toro sem citar O Labirinto do Fauno, filme que provavelmente foi responsável por apresentar o trabalho do diretor a boa parte de seus fãs. Eu inclusive.

A história se passa na Espanha na década de 40, pós Guerra Civil, onde o regime fascista de Franco já estava consolidado. Ofélia (Ivana Baquero) é uma garota de 10 anos que viaja com a mãe grávida para um posto militar no Norte do país, onde seu novo padrasto, Capitão Vidal (Sergi López), reside. O casamento aconteceu pois sua mãe queria mais segurança para a filha em meio a um país repleto de incertezas. Vivendo em um ambiente turbulento, a garota acaba encontrando um labirinto nos arredores do local e lá conhece um Fauno (Doug Jones), que a reconhece como herdeira do trono do Mundo Subterrâneo, a desafiando a realizar perigosas tarefas que, se cumpridas, comprovarão sua identidade como princesa.


Hellboy (Hellboy, 2004 + Hellboy II: The Golden Army, 2008)


Aqui eu incluo dois filmes: Hellboy e Hellboy II: O Exército Dourado. Eu não sou nada ligada ao universo das HQs ou no mundo de heróis que existem por aí, mas Hellboy (Ron Perlman) é um personagem que me cativou desde a primeira vez que o conheci. E me contradizendo, é bem provável que eu tenha tido meu primeiro contato com Del Toro através desses dois longas.

Hellboy é uma adaptação da HQ criada por Mike Mignola e nos mostra a trajetória de um anti-herói que foi trazido do inferno para a Terra num ritual feito por nazistas que tentam eliminar seus inimigos através de magia negra. As forças aliadas o encontram e ele é adotado pelo Professor Trevor Bruttenholm (John Hurt). Anos depois, Hellboy continua trabalhando na agência criada pelo seu pai adotivo, que tem como objetivo proteger o mundo do oculto e sobrenatural.


A Colina Escarlate (Crimson Peak, 2015)


Edith Cushing (Mia Wasikowska) é uma aspirante a escritora que se apaixona pelo sedutor Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston) e vai morar com ele e sua misteriosa irmã, Lady Lucille (Jessica Chastain), em uma mansão gótica. Lá, Edith começa a ser assombrada por antigos fantasmas que ali morreram e decide investigar o que de fato aconteceu no local.

O filme possui o estilo marcante de Del Toro de contar suas histórias sombrias e, assim como Mama (filme produzido pelo cineasta), possui uma beleza na tragédia que envolve o espectador.

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