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Postado por
Cesar Augusto Mota
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Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman, Matt Bai e Jay Carson
Elenco: Hugh Jackman, Vera Farmiga, J.K. Simmons, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2018
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Como definir o perfil de um candidato ideal à presidência de um país? Com base em princípios éticos? Morais? Experiência administrativa? A vida particular influencia na escolha do candidato, por mais qualificado que ele seja? Essa última pergunta serviu como base para o roteiro de O Favorito (The Front Runner), longa-metragem dirigido por Jason Reitman (Obrigado Por Fumar), que fomenta um debate importante sobre o processo eleitoral dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que conversa acerca dos limites da imprensa na difusão de informações, ou até mesmo de fake news, expressão tão em voga na atualidade.
Baseado no livro “All the Truth Is Out: The Week Politics Went Tabloid”, de Matt Bay, o filme, ambientado em 1984, conta a história real de Gary Hart (Hugh Jackman), um senador norte-americano derrotado nas eleições daquele ano e que passa a ser, posteriormente, o favorito a ser indicado pelo partido à presidência dos Estados Unidos. Com ampla vantagem sobre os seus adversários, tudo apontava para sua vitória no pleito. Ele possui uma família perfeita e é um político polido, sem envolvimento em polêmicas, até se encantar pela modelo Donna Rice (Sara Paxton) em uma festa. Ambos acabam flagrados pela imprensa no momento em que entravam na casa de Gary. O caso explode e reputação do político é posta à prova, ameaçando sua candidatura a um dos cargos mais importantes do planeta.
Desde a explosão do suposto romance, a relação do protagonista com a família começa a balançar, e ele passa a ter problemas com a esposa Lee (Vera Farmiga) e a filha Andrea (Kaitlyn Dever), se vendo preso em sua própria casa, tamanha a quantidade de jornalistas escondidos nos arbustos e caminhões com satélites vigiando tudo. O roteiro passa então a explorar o lado emocional e a mudança de comportamento de Gary, mais irritado com as perguntas que lhe são feitas, principalmente em relação à sua vida privada, sempre acuado diante de um quadro que parece ser irreversível.
Foto: Sony Pictures |
Desde a explosão do suposto romance, a relação do protagonista com a família começa a balançar, e ele passa a ter problemas com a esposa Lee (Vera Farmiga) e a filha Andrea (Kaitlyn Dever), se vendo preso em sua própria casa, tamanha a quantidade de jornalistas escondidos nos arbustos e caminhões com satélites vigiando tudo. O roteiro passa então a explorar o lado emocional e a mudança de comportamento de Gary, mais irritado com as perguntas que lhe são feitas, principalmente em relação à sua vida privada, sempre acuado diante de um quadro que parece ser irreversível.
Até onde a imprensa deveria ou poderia ir, no que diz respeito a apuração de informações que pudessem interessar a uma coletividade? Qual o limite a ser alcançado para não se invadir a intimidade alheia? Divulgar uma notícia em primeira mão muitas vezes é mais importante do que checar os detalhes do que foi divulgado. A conduta de Bob Martindale (Kevin Pollak), editor-chefe do jornal Miami Herald, ilustra bem o papel da imprensa, com todas essas polêmicas devidamente tratadas e inteligentemente debatidas no filme. Uma ocasião que merece especial atenção é a coletiva que conta com a presença dos mais importantes veículos norte-americanos, dentre eles o Washington Post, representado por A.J. Parker (Mamoudou Athie), que fez importantes questionamento sobre imoralidade e adultério, a ponto de desmontar o candidato do partido democrata.
Visualmente transformado, Hugh Jackman (O Rei do Show) faz um grande trabalho no papel principal. Seu personagem prende a atenção do espectador e impressiona pela tranquilidade e sagacidade nas suas respostas durante as entrevistas. Da mesma fora, momentos singelos que mostram sua postura amorosa e protetora perante a família, ajudam a causar um conflito de julgamento essencial a narrativa. Sem papas na língua, Gary Hart diz tudo o que pensa e não leva desaforo para casa. Vera Farmiga (Invocação do Mal), por sua vez, mostra sua competência habitual, em uma personagem visualmente arrasada pela possibilidade do marido que ama e admira estar traindo-a.
O Favorito é um filme didático, envolvente e necessário para se debater temas tão pertinentes, não apenas em período de eleições, mas no que diz respeito a propagação de informações no dia a dia. Todo o cuidado é pouco no momento de compartilhar qualquer notícia e o longa faz questão de dar aula sobre o assunto, tanto para os profissionais da imprensa e da política, quanto para os consumidores de conteúdo.
Ótimo |
Cesar Augusto Mota
Críticas
Festival do Rio
Festival do Rio 2018
Hugh Jackman
J.K. Simmons
Jason Reitman
O Favorito
Vera Farmiga
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