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Postado por
Lívia Campos de Menezes
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Os que gostam do universo trash e gore, certamente estão tristes com o cancelamento de Santa Clarita Diet. Criada por Victor Fresco (My Name is Earl) e protagonizada por Drew Barrymore (Como Se Fosse a Primeira Vez) e Timothy Olyphant (Justified), a série entrou para a lista dos cortes promovidos em 2019 pela Netflix. Para consolo dos fãs, a terceira e última temporada da produção não decepciona.
Sem perder o tom debochado e grotesco (é preciso ter estômago forte para aguentar várias cenas), a excêntrica estória da morta-viva Sheila (Barrymore) e seu marido Joel (Olyphant) ganha uma camada a mais nessa temporada. Enquanto nos anos anteriores a trama focava em como a protagonista tornou-se undead e os personagens buscavam encontrar uma fórmula que a fizesse voltar a ser quem era antes, agora, Sheila passa a ver sua situação quase como um presente dos céus. Ela inclusive tenta convencer Joel de que o melhor seria se ele também fizesse parte do rol de pessoas acometidas pela praga sérvia, pois, dessa forma, o casal poderia ficar junto por toda a eternidade.
Sheila passa a enxergar sua "nova vida” como um presente, acreditando que o que aconteceu com ela é parte de uma missão, talvez, celestial. Tal visão de mundo surge graças à leitura equivocada de Anne (Natalie Morales). Ao descobrir do bizarro estado da vizinha, a religiosa vira devota da morta-viva e passa não apenas a acobertar os crimes do casal, como também os ajuda a encontrar vítimas ideais. Acreditando que Sheila é um instrumento divino, Anne relata a estória da “ressurreta” aos membros de seu grupo de oração, que passam a ser também devotos da morta-viva.
Foto: Saeed Adyani / Netflix |
A fama de Sheila coloca não apenas carolas e policiais em sua cola. Além deles, outros dois grupos, nesse caso sérvios, também desejam encontra-la. Um deles é formado por cavaleiros - The Knight of Serbia - cuja sagrada missão é matar os undeads. Já o outro tem um anseio bem menos nobre que o de seus conterrâneos, mas que nem por isso oferece menos perigo.
Assim como nas demais temporadas, os maiores cúmplices do casal continuam a ser sua filha Abby (Liv Hewnson) e o vizinho Eric (Skyler Gisondo). Ainda mais unidos que nos anos anteriores, os jovens tanto arquitetam maneiras de preservar a sanidade da família Hammond quanto entender seus sentimentos mais íntimos. As idas e vindas dos dois, embora não centrais à trama, geram boas risadas. Tanto o texto quanto a química entre os atores são ótimos.
Talvez pressentindo que a série não seria renovada, o showrunner decidiu fechar várias tramas abertas na primeira e na segunda temporada, apresentando um final que, embora pudesse render outra continuação, é satisfatório. Ficam pendentes pontas secundárias, que não são tão necessárias para o desfecho da trama como um todo. Ótimo trabalho dos roteiristas e um bom encerramento para uma boa série que se despede do público.
Foto: Lara Solanki / Netflix |
Ótimo |
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Lívia Campos de Menezes é apaixonada por filmes, séries e boa música (leia-se rock'n'roll). Adora ler e viajar. Mora em São Francisco (CA), onde trabalha como produtora de cinema independente.
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