CRÍTICA | Tal Pai, Tal Filha

Direção: Lauren Miller Rogen
Roteiro: Lauren Miller Rogen
Elenco: Kristen Bell, Kelsey Grammer, Seth Rogen, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2018


Escrito, dirigido e produzido pela atriz norte-americana Lauren Miller Rogen (Superbad: É Hoje), Tal Pai, Tal Filha (Like Father) é um dos mais recentes lançamentos da Netflix, uma comédia dramática que traz em seu elenco nomes como Kristen Bell (The Good Place), Kelsey Grammer (Os Mercenários 3) e Seth Rogen (O Artista do Desastre), que também é casado com a estreante diretora.

Na trama somos apresentados a Rachel (Bell), uma publicitária viciada em trabalho e que está prestes a se casar com um fisioterapeuta. Por conta de sua vida atribulada a protagonista é acaba sendo abandonada no altar e se vê reencontrando o pai (Grammer), que não a via há mais de 20 anos. Após uma noite de bebedeira, os dois acabam embarcando em um cruzeiro, onde se reaproximam e conversam sobre sua relação. 

A cineasta entrega um dos mais clássicos clichês das comédias românticas: o da mulher bem sucedida, que privilegia o trabalho ao invés da família, e que depois de uma grande cisma, percebe que precisa se reconectar com os familiares e amigos. Apesar do estereótipo ser um tanto quanto machista e não se enquadrar tanto aos tempos atuais, Miller Rogen evita ao máximo seguir a fórmula de tantos outros filmes, focando sua atenção na retomada de uma frágil relação entre pai e filha.

Foto: Cara Howe / Netflix

Apesar de um outro furo de roteiro e algumas piadas desconexas, o roteiro consegue desenvolver suas personagens de forma satisfatória. Kristen Bell alterna entre o divertimento, a dor e o remorso de ter perdido o contato com o pai. Sentimentos contrastantes que a atriz parece ter se especializado em entregar nos últimos anos. Já Kelsey Grammer se mostra como um homem fragilizado por suas perdas, mas que tenta se agarrar ao máximo a última chance que tem de se acertar com o passado. Somente o personagem de Seth Rogen não acrescenta ou faz grande sentido a trama, soando apenas como uma participação especial.

No fim, Tal Pai, Tal Filha se mostra uma obra competente, que sabe utilizar de uma premissa batida para fazer rir, emocionar e passar sua mensagem. Se levarmos em conta que nem todo longa-metragem precisa ser inovador ou grandioso para marcar o espectador, o trabalho de Lauren Miller Rogen certamente encontrará seu público, nos deixando ansiosos pelo próximo filme de uma promissora diretora. 

Bom

Comentários