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Postado por
Eduardo Fernandes
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"Parte da jornada é o fim."
Parafraseando Tony Stark (Robert Downey Jr.), não havia melhor forma de chegarmos ao final dessa jornada. Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame) fecha com maestria não apenas os eventos iniciados em Vingadores: Guerra Infinita (2018), como encerra a era de ouro do Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Ao menos até aqui.
O filme, novamente dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo (Capitão América: Guerra Civil), é um presente para aqueles que acompanharam essa viagem desde seu ponto de partida, lá no primeiro Homem de Ferro (2008). 11 anos depois e com 22 filmes nas costas, a Marvel Studios precisava encontrar um fechamento de capítulo que equilibrasse a expectativa dos fãs com a coerência de seu próprio universo. O estúdio é bem sucedido nessa empreitada, abrindo espaço ainda para uma série de surpresas e decisões ousadas.
Foto: Marvel Studios |
"Custe o que custar."
A frase repetida por boa parte dos personagens durante a obra retrata com exatidão o momento ímpar em que os heróis mais poderosos da terra atravessam. A derrota nunca fez parte de suas trajetórias, e tal sentimento os colocou em um ponto jamais explorado. Fracassar e ter que recomeçar do zero. Lidar com os erros é uma das principais características humanas e trazer nossos protagonistas para o lugar comum é dar ao espectador a chance de se relacionar com eles de forma profunda. Após o estalo de Thanos (Josh Brolin), a impotência os colocou como iguais, seja você um deus asgardiano ou um guaxinim.
Se Guerra Infinita nos deixou à deriva (para alguns personagens literalmente), Ultimato nos pega pelo braço, mas não sem antes nos arrastar por um chão de pedras e areia. Nenhum outro filme do estúdio iniciou de forma tão intimista e melancólica. Não a toa, todo o primeiro arco é focado em pavimentar o cenário que veremos a seguir, aprofundando o relacionamento de cada um que vemos em tela. A sensação ao embarcar no longa é a de nunca termos saído do anterior. Até por esse motivo é difícil encarar os 2 filmes como obras separadas. Os dois são extremos da mesma história. Um grande arco de quase 6 horas de duração.
O roteiro da dupla Christopher Markus (Capitão América: O Primeiro Vingador) e Stephen McFeely (Thor: O Mundo Sombrio), ancorados na mente criativa de Kevin Feige, não apenas apresenta conclusões satisfatórias para os arcos de cada personagem, como amarram de maneira consistente e crível todo o universo construído até ali. Nada do que vemos em tela parece solto ou dispensável. Tudo se conecta visando um final apoteótico e que funciona de maneira singular.
Foto: Marvel Studios |
Apesar de todos os heróis terem seu momento de brilho, não há duvida de que os seis vingadores originais ganham destaque. Especialmente aqueles que tiveram trilogias para chamar de suas: Homem de Ferro, Capitão América (Chris Evans) e Thor (Chris Hemsworth). Ultimato, acima de tudo, também é uma conclusão para o arco desses três, que entregam em tela alguns de seus melhores momentos.
Se em Guerra Infinita os holofotes estavam voltados para Tony Stark e Thor, com a batalha em Titan e a forja do Rompe Tormentas, aqui havia um débito a se pagar para com Steve Rogers. E ele é pago de forma gloriosa. Stark pode ter dado o pontapé inicial para o que mais tarde se tornaria Os Vingadores, mas é o Capitão que nos guia por todo o caminho. Se tudo ao redor da equipe funciona é porque, ao longo dos filmes, vimos o amadurecimento e a liderança natural crescer dentro do personagem. Alguém que perdeu tudo, reconstruiu sua vida e depois viu tudo escorrer pelas suas mãos novamente, pelo simples fato de não ser capaz de impedir o objetivo de Thanos. Recomeçar faz parte de seu DNA, e era preciso vir dele o grito de revanche. E ele vem. De uma forma que levará as salas de cinema ao ápice da empolgação.
Afirmei antes e afirmo novamente, Vingadores: Ultimato é um presente para quem acompanhou essa história por uma década. Uma jornada cinematográfica sem precedentes e que não deve ser superada tão cedo. Se parte da jornada é o fim, esse foi o melhor possível vezes três mil.
Foto: Marvel Studios |
Excelente |
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Eduardo Fernandes é jornalista e está ansioso para (vibrar) assistir Ultimato de novo.
Anthony Russo
Avengers: Endgame
Chris Evans
Chris Hemsworth
Críticas
Eduardo Fernandes
Joe Russo
Mark Ruffalo
Marvel Studios
Oscar 2020
Robert Downey Jr.
Scarlett Johansson
Vingadores: Ultimato
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