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Postado por
Daniel Oliveira
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Após o imenso sucesso de Os Vingadores (que ratificou a fórmula estabelecida pela Marvel Studios em seus filmes de super-heróis, interligando todas as obras) as demais produtoras que detinham direito de personagens dos quadrinhos passaram a perseguir a chance de criar a sua própria mina de ouro. A DC/Warner está tentando isso com o seu vindouro Batman vs. Superman, a Sony Pictures aposta o mesmo com o seu Espetacular Homem-Aranha, e agora é a vez da Fox com seus X-Men. Posso afirmar seguramente que, até o momento, apenas o terceiro estúdio teve êxito em sua empreitada. E que êxito!
Ambientado em um futuro apocalíptico em que a raça mutante está sendo dizimada por máquinas chamadas Sentinelas, Xavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen) e Wolverine (Hugh Jackman) se unem em um plano que poderá salvá-los do extermínio. Através do dom de Kitty Pryde (Ellen Page), eles enviam a consciência de Logan para o passado de 1973, onde o mesmo terá que evitar acontecimentos que desencadeariam na construção das Sentinelas. Para isso, ele precisa recrutar os jovens Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender), que vivem momentos distintos e extremos, além de lidar com uma ameaça iminente imposta por Mística (Jennifer Lawrence).
Se a sinopse pareceu um pouco confusa, não se preocupe, o roteiro de Simon Kinberg (X-Men: O Confronto Final) descomplica tudo para o espectador. Não há tempo a perder, afinal temos uma grande quantidade de protagonistas a serem explorados em uma trama muito bem amarrada. E esse é o grande mérito de um texto que sabe dar tempo para que cada um dos papéis desenvolva bem sua função. As viagens entre passado e futuro soam naturais com a história que está sendo contada, também fruto do excepcional trabalho de montagem, que proporciona momentos de rima visual interessantíssimos, sem esquecer de ser conivente com a narrativa. Posso citar uma cena em especial, quando imagens do passado e do futuro são alternadas, mostrando o Magneto do passado exercendo uma ameaça a população, contrapostas a imagens do mesmo personagem, 50 anos no futuro, usando de seu dom para tentar proteger seus companheiros. É o tipo de cena que funciona visualmente, mas que também nos apresenta em minutos toda a evolução de um personagem riquíssimo à trama.
Grande parte da história de Dias de um Futuro Esquecido se passa em 1973 e, ao contrário do que se podia esperar, Hugh Jackman (Os Suspeitos) não reina como principal protagonista. Wolverine é o fio condutor da narrativa, mas divide seu tempo em tela igualmente com as demais estrelas do elenco, que se destacam. Fassbender (12 Anos de Escravidão) continua um ótimo vilão (?) a se admirar, com todas as suas nuances, McAvoy (Desejo e Reparação) vive o líder que precisa se reerguer e Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida) é um abalo sísmico em tela, pois Mística é bela e avassaladora quando aparece, sempre com os dilemas que a acompanham. E fica claro que o peso do nome da atriz rendeu maior destaque a personagem, algo que funciona muito bem.
Apesar da grande quantidade de personagens já estabelecidos, a trama ainda nos apresenta novas e bem-vindas inclusões. Destaco Peter Dinklage (Game of Thrones) como Bolivar Trask, o criador das Sentinelas, talentoso como sempre, e também Evan Peters (Kick-Ass) como Mercúrio. Este último havia sido bastante criticado pelo visual exagerado nas fotos promocionais do filme e, surpreendentemente, ganha a tela com aquela que deve ser a melhor cena da obra, uma invasão sensacional ao Pentágono. Também vale mencionar o Mancha Solar, o mutante brasileiro, que fez bom uso de seu dom mutante, e também Blink (Bingbing Fan), que com seu poder de abrir e fechar portais no tempo roubou a cena em muitos momentos, especialmente ao mostrar os mutantes trabalhando em equipe. Essa é a essência dos X-Men.
Eu ainda poderia discorrer aqui sobre Bryan Singer (Superman - O Retorno), e de como o diretor parece ter nascido para dirigir esses personagens, mas não seria grande surpresa. Já experiente na função, o cineasta conduz sua obra com segurança admirável, eliminando problemas passados da cronologia de filmes (alguns furos inevitáveis ocorrem, em prol de um bem maior), e estabelecendo um novo cenário aos X-Men (algo semelhante com o que J.J. Abrams fez com seu Star Strek).
Auxiliado ainda por uma competente trilha-sonora, que remete aos longas anteriores e uma fotografia setentista bastante nostálgica, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é uma exceção no mundo cinematográfico, um entretenimento que diverte, mas também faz refletir. É candidato a melhor blockbuster do ano, e também já é o melhor filme dos mutantes da Marvel. Que venha o próximo!
Excelente |
Bryan Singer
Críticas
Daniel Oliveira
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Jennifer Lawrence
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X-Men
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
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Comentários
#x-men
ResponderExcluirGostei muito. Minha expectativa era que seria só mais um blockbuster da série. Agora é um dos melhores filmes que já vi na vida. Suspense maravilhoso de deixar sem ar a todo momento. #epic #bestmovieeverWOW
ResponderExcluirConcordo! Empolgante demais, o melhor filme dos X-Men já feito!
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