CRÍTICA | Star Wars: A Vingança dos Sith

Direção George Lucas
Roteiro: George Lucas
Elenco: Hayden Christensen, Ewan McGregor, Natalie Portman, Samuel L. Jackson, Ian McDiarmid, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2005



Star Wars: A Vingança dos Sith foi projetado para ser a conclusão épica da segunda trilogia de George Lucas (Loucuras de Verão), mas será que conseguiu alcançar esse objetivo? Podemos dizer que trata-se de um episódio ligeiramente menos odiado entre os fãs fervorosos, mas ainda assim carregas muitos dos defeitos dos dois filmes que o precederam.

O longa inicia durante a batalha espacial sobre Coruscant, onde os jedi Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) e Anakin Skywalker (Hayden Christensen) lideram um resgate ao Chanceler Palpatine (Ian McDiarmid), que é mantido prisioneiro dos separatistas. Anakin luta contra Conde Dookan (Christopher Lee), que acaba decapitado a mando de Palpatine. Ao retornar da batalha, Skywalker descobre que sua esposa secreta, Padmé Amidala (Natalie Portman), a senadora de Naboo, está grávida. Logo depois começa ter sonhos de esposa morrendo no parto e fica com medo de perdê-la, como havia perdido a sua mãe. 

Palpatine ganha poderes sobre a Ordem Jedi através do Senado, e indica Anakin para ser seu representante no Conselho Jedi. Muito a contragosto, o Conselho aceita a proposta, mas não fazem de Anakin um Mestre Jedi, para decepção do mesmo. No lugar disso é dada a missão de espionar o Chanceler, o que deixa Skywalker dividido entre sua amizade com Palpatine e a lealdade aos Jedi. Foi questão de tempo até o Chanceler se revelar um Lorde Sith, afirmando que apenas o lado negro concentra poder para salvar Padmé.

Foto: Lucasfilm

Apesar da batalha inicial ser muito interessante, ela sofre do mal dessa trilogia, ou seja, o uso excessivo de computação gráfica, que faz com que a batalha não passe a sensação de realidade que poderia ter. Ainda assim, nessa revisita, foi possível perceber que efeitos não envelheceram com o passar da ultima década e, ainda que utilizado em excesso, o recurso consegue ser um pouco mais dosado do que nos outros dois episódios.

A Vingança dos Sith adota uma narrativa bastante sombria, o diferenciando de qualquer outro episódio da saga. É interessante ver a evolução de um Anakin "adolescente" em Ataque dos Clones, para alguém que matou uma aldeia inteira para recuperar aqueles que ama, tornando-se enfim o vilão que conhecemos. Nesse ponto, a atuação de Hayden Christensen (Tempo de Recomeçar) até empolga, pois é possível notar certa evolução do ator, mas nada digno do personagem  original, pois o próprio roteiro o sabota, com algumas frases esdrúxulas que não adicionam nada a trama.

Com exceção de Ewan McGregor (Trainspoting: Sem Limites), o restante do elenco perde bastante da relevância que vimos anteriormente. É o caso de Yoda, que é deixado em segundo plano, retornando apenas para mais uma batalha. Até mesmo Natalie Portman (Cisne Negro), que é elemento fundamental para as ações de Anakin, só ganha alguma relevância do segundo para o terceiro ato da trama.

Foto: Lucasfilm

Temos também a presença de um novo vilão chamado General Grievous. Seu design é muito bem feito, combinando um ser biológico em uma estrutura mecânica, com braços que podem se dividir. Um vilão à moda antiga, que coleciona troféus de todos aqueles que mata, uma vez que possui 4 sabres de luz diferentes, o que rende uma sequência de luta bem interessante com Obi-Wan. Pena que, assim como Darth Maul, o personagem perde importância e é esquecido posteriormente.

A trilha sonora de John Williams (A Lista de Schindler), como sempre, é muito bem feita, voltando a usar o tema mais marcante dessa trilogia: "Duel of Fates", que já havia sido um grande símbolo em A Ameaça Fantasma.

No fim, Episódio III mostra-se interessante, mas faltou muito para atingir o nível dos longas clássicos da franquia, apesar de um pouco melhor planejado. Certamente é o melhor da trilogia dos anos 2000. É bom, mas não é inesquecível. Triste realidade.

Bom

Foto: Lucasfilm

Comentários